Publicado por Redação em Dental - 24/08/2015

Bater a porta e queijadinha: como arrancar dente de leite

Uma forma de evitar sofrimento e futuros traumas é deixar o dente cair sozinho, sem arrancá-lo ou forçá-lo drasticamente

Alguns métodos foram traumáticos, outros eficientes, veja algumas histórias e o que diz a especialista

Muita gente nem se lembra como perdeu o primeiro dente de leite, já para outras pessoas, a experiência é impossível de esquecer. É o caso do publicitário Ralph Mendes Veiga, 32, que tem um pai criativo com uma tática infalível. “Meu pai amarrava um fio dental no dente e prendia a outra ponta no meu dedo e falava para eu ir brincar. Em 30 segundos esquecia que qualquer movimento mais brusco seria fatal, mas nem dava tempo de doer”, conta.

Lúdica também foi a experiência da jornalista Clara Cabrera, 30. “Minha mãe me levou para andar de balão e eu estava muito empolgada. Já enrolava com aquele dente mole, pendurado só por uma pontinha, por dias, mas sem coragem de arrancar. Na fila, enquanto esperávamos, minha mãe comprou queijadinha e falou para eu dar uma mordida. O dente caiu na hora. O pior de tudo foi a queijadinha, detesto coco”.

Já a médica, Rosana Fernandez, 60, também não tem boas lembranças. “Eu era superpequena, minha mãe me deu dinheiro e disse: mande a dentista arrancar seu dente. Lá fui eu sozinha, cheia de medo de doer”.

Quem também sofreu com o medo, mas conseguiu tirar proveito da situação foi a gerente financeira Ana Carolina Caetano, 31. “Fazia um tempão que eu estava com o dente mole e não deixava ninguém arrancar, e minha vó dizia que podia endurecer de novo. Um dia eu inventei que queria uma boneca e minha mãe disse que, se eu deixasse arrancar, ela me dava. Aí minha vó falou que com a linha não doía, então deixei, ela amarrou a linha no dente e puxou. Mas lembro que doeu porque teve que puxar três vezes, foi uma sessão de tortura, mas ganhei uma boneca”, lembra.

A publicitária Tayna Palmieri, 25, superava o medo pelo interesse no dinheiro que ganhava depois que deixava arrancar. “Eu nem tinha medo porque sabia que ia ganhar a grana depois, então deixava. Minha mãe usava o método de prender um fio no dente e outro na maçaneta e batia a porta para arrancar rápido e sem dor, teoricamente. Mas doía muito”, lembra.

Segundo dentista Rosana Possobon, coordenadora do Centro de Pacientes Especiais, da Faculdade de Odontologia da Unicamp, antes de se aventurar em arrancar o dentinho do filho, os pais têm que estar certos de que está bem molinho, ou seja, não tem mais raiz - que já foi totalmente reabsorvida para que o permanente possa nascer. "Então, se a criança colabora, pode-se usar um tecido (tipo fralda) para pegar o dente com os dedos. Ou mesmo amarrar um fio dental e puxar. O importante é que este momento seja lúdico e divertido pra criança", diz.

Fonte: Terra Saúde Bucal


Posts relacionados

Dental, por Redação

Saiba se tomar antibiótico pode enfraquecer os dentes

Especialistas explicam se esse tipo de remédio pode abalar as estruturas dentais, manchar os dentes e até causar cárie

Dental, por Redação

Agenesia: falha genética diminui os dentes da arcada

A agenesia não é considerada uma doença, é uma anomalia dentária m que ocorre a ausência de um ou mais dentes na arcada

Dental, por Redação

O papel da dieta na saúde bucal

Mudar seus hábitos alimentares pode ajudar a reduzir o risco de cárie dentária. A edição de dezembro de 2010 do Journal of the American Dental Association lembra aos pacientes que ter uma dieta balanceada é importante para manter um sorriso saudável.

Dental, por Redação

A saúde bucal insatisfatória das mães pode afetar a saúde bucal dos filhos no longo prazo

Mães podem desejar dar aos filhos o melhor de tudo, porém, uma mãe com problemas bucais pode estar transmitindo uma herança dolorosa aos seus descendentes, de acordo com pesquisadores na Nova Zelândia.

Deixe seu Comentário:

=