Publicado por Redação em Dental - 10/11/2015

Conheça 10 mentiras que contam sobre saúde bucal

Especialista esclarece mitos sobre higiene, doenças e tudo que envolve o universo da boca

Quase todo mundo sabe que não se pode acreditar em tudo que se lê. O que faz bem e o que faz mal para sua saúde bucal, só um dentista pode responder. Para acabar com alguns mitos contados por aí, o Terra entrevistou o cirurgião-dentista, Faisal Ismail, da ORTOPLAN.

Aproximadamente 40% dessas crianças foram ao dentista pela primeira vez antes dos 4 anos, enquanto o restante foi pela primeira vez após essa idade. As crianças que tiveram o primeiro contato com o dentista mais tardiamente gastaram em média 360 dólares a mais e foram submetidos a 3,58 procedimentos extras em um período de 8 anos quando comparado às crianças que tiveram uma intervenção precoce do dentista.

A Associação Brasileira de Odontopediatria recomenda que uma avaliação de risco em saúde bucal seja feita até o sexto mês de vida por profissionais qualificados. Pode ser antes de nascerem os dentes de leite, para o dentista analisar os tecidos moles, como língua, gengiva e mucosa.

“Se isso não ocorrer, um outro importante momento no primeiro ano de vida é quando os dentes decíduos (de leite) começam a aparecer, por volta dos 6 meses de idade. Os dentes devem ser examinados por um profissional, pois são importantes para o desenvolvimento da musculatura da face, da mastigação e da fala, e a mãe deve receber orientações de prevenção e manutenção de saúde bucal”, diz Marcelo Bönecker, professor de odontopediatria da Faculdade de Odontologia da USP.

Segundo o especialista, se a criança visita o dentista no intervalo de retorno ideal, que é baseado nas necessidades dela, e tendo o foco na promoção da saúde, isto ocasionará uma diminuição de custos aos responsáveis, pois evitará possíveis tratamentos das lesões de cárie que são custosos, como restaurações dentárias, tratamentos endodônticos e extrações de dentes. “É importante ressaltar que cada criança é única e, portanto, tem necessidades de tratamento diferentes”, afirma.

1 – A perda dos dentes é consequência natural do envelhecimento.

MITO! A perda dentária é consequência de doenças gengivais maltratadas, traumas e composição genética. Com tratamento de prevenção é possível chegar à terceira idade com todos os dentes na boca.

2 – O uso de implantes ou próteses totais (dentadura) não precisam de controle periódico no dentista.

MITO! Os implantes dentários precisam da mesma manutenção gengival e descontaminação semestral dos dentes. Pacientes com próteses também devem fazer visitas regulares para avaliação da adaptação e dos tecidos moles, como gengivas e bochecha.

3 – Não vou ao dentista porque não sinto dor.

MITO! A ausência de dor infelizmente, não significa ausência de problemas bucais. A doença periodontal, por exemplo, que é a inflamação gengival, não costuma doer, a não ser em casos já avançados.

4 – Bebês que ainda não têm dentes não precisam fazer higiene oral.

MITO! Mesmo sem dentes é importante que os pais façam limpeza da gengiva e região com uma gaze umedecida.

5 – Mau hálito é problema de estômago.

MITO! O mau hálito pode ter origem local, sistêmica ou ainda ser causada pelos dois fatores associados. Problemas estomacais como gastrite ou úlcera não provocam mau hálito. Em geral, o mau hálito é provocado por problemas decorrentes de higiene oral malfeita ou infecção nas vias aéreas superiores.

6 – Tudo bem, de vez em quando, usar apenas antisséptico oral em vez de escovar os dentes.

MITO! Uma boa higiene depende principalmente de escova e fio dental. Os antissépticos são coadjuvantes, mantendo o hálito puro e refrescante por mais tempo. Dê sempre preferência a um produto que não contenha álcool.

7 – O clareamento dental caseiro ou com aplicação de laser desgasta a estrutura do esmalte dos dentes.

MITO! O processo de clareamento atua nas partículas que colorem o dente sem provocar qualquer tipo de desgaste ou dano à estrutura dentária.

8 – O herpes labial pode ser mais rapidamente curada com o uso de pomadas específicas.

MITO! Geralmente o vírus do herpes precisa cumprir seu ciclo de 7 a 14 dias, independentemente do uso de medicação, a não ser que sua presença seja detectada logo no 1º dia de manifestação. Neste caso, teremos o processo de cura e cicatrização acelerado.

9 – Restaurações em resina tem maior possibilidade de fratura e infiltração que restaurações em amálgama.

MITO! Hoje, contamos com resinas resistentes e preparadas para receber grandes esforços mastigatórios, que não deixam a desejar em nada em termos de resistência e adaptação para as antigas restaurações metálicas.

10 – Próteses removíveis desgastam e estragam os dentes com o tempo.

MITO! Isso não acontece desde que estejam bem adaptadas, feitas dentro da técnica adequada e com correta escovação diária.

11 – Se o dente de leite do meu filho não cair sozinho, não devo me preocupar com ele.

MITO! Os dentes de leite, ou decíduos, são temporários e servem como guia para a erupção dos permanentes. Sempre que houver qualquer dúvida por parte dos pais, um odontopediatra deve ser consultado.

12 – Todos temos que remover os sisos antes mesmo que eles nasçam.

MITO! Os sisos só devem ser removidos quando for detectada a ausência de espaço para eles ou se seu nascimento implicar em mal posicionamento dos demais elementos.

13 – Quanto maior e mais dura for a escova dental, melhor é a limpeza.

MITO! Na realidade, a escova dental deve ser pequena ou média para alcançar qualquer região da nossa boca. Deve também ter cerdas macias para não machucar a gengiva.

Fonte: Terra Saúde Bucal


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