Publicado por Redação em Notícias Gerais - 27/11/2015

Crédito encolhe, e inadimplência e juros sobem em outubro, diz BC

O estoque de crédito concedido pelo sistema financeiro a famílias e empresas encolheu 0,1% em outubro e alcançou em 12 meses expansão de 8,1%, abaixo da inflação de mais de 10% no período.

Os dados divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Banco Central mostram ainda aumento da inadimplência e das taxas médias de juros para todos tipos de clientes.

A taxa média de juros no crédito ao consumo para as famílias alcançou 64,8% ao ano no mês passado. O número é novo recorde para a série iniciada em março de 2011. Há um ano, estava em 50,6% ao ano.

A inadimplência encerrou o mês em 5,8%, acima do piso de 5,2% alcançado em março deste ano. Nesse segmento, o estoque cresceu 0,1% no mês e 3,3% em 12 meses.

Entre as principais linhas, a taxa média de juros no rotativo do cartão de crédito caiu de 414% ao ano em setembro para 406% em outubro. Um ano antes, a taxa estava em 320% ao ano. Essa é a linha mais caras entre as principais modalidades de crédito para o consumo.

A taxa média do cheque especial subiu e fechou o mês passado em 278% ao ano, segundo o BC. Esse é o maior valor desde junho de 1995, quando estava em 284% ao ano.

A alta dos juros nestas modalidades acompanha o comportamento geral das taxas bancárias, que subiram com o aumento da taxa básica (Selic) promovido pelo BC desde o ano passado e dos juros de mercado nos últimos meses. Por serem linhas de maior risco, no entanto, a alta de juros do rotativo e do cheque são maiores.

A menor demanda por crédito e as restrições colocadas pelo sistema financeiro também ajudaram a derrubar a liberação de novos empréstimos. A média diária de concessões recuou 2,7% no crédito livre e 11,3% no subsidiado, considerando tanto empresas como consumidores.

Na comparação com o PIB (Produto Interno Bruto), o estoque de crédito alcançou o pico de 55,1% em setembro de 2015, segundo dados revisados pelo BC, e está agora em 54,7% (R$ 3,16 trilhão).

EMPRESAS

O crédito para empresas recuou 0,9% nas modalidades com taxas de mercado e 0,2% nos empréstimos com subsídios. Nos dois casos, o BC cita a influência do câmbio sobre o crédito com recursos em moeda estrangeira.

A inadimplência da pessoa jurídica subiu nos últimos 12 meses de 3,6% para 4,3%, no crédito livre, e de 0,5% para 0,8% no direcionado.

A taxa média de juros passou de 24,3% para 30,2% ao ano no primeiro caso. Nos empréstimos com subsídios, subiu de 7,6% para 11,1% ao ano, influenciada pelo aumento das taxas do BNDES (banco estatal de desenvolvimento).

Fonte: Jornal Folha de São Paulo


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

CNI reduz de 3% para 2,1% projeção de crescimento da economia este ano

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) reduziu de 3% para 2,1% a projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, este ano.

Notícias Gerais, por Redação

Mantega: Brasil tende a se consolidar como 6ª economia do mundo

O ministro da Fazenda Guido Mantega disse nesta sexta-feira que o Brasil tende a consolidar a posição como sexta economia do mundo porque continuará com um ritmo de crescimento maior do que o de outros países principalmente por causa da crise que afeta as economias desenvolvidas.

Deixe seu Comentário:

=