Publicado por Redação em Gestão do RH - 07/07/2022

Escritório no Metaverso: como funciona a rotina e a gestão de equipe na Voltz



Espalhados em 37 cidades de 12 estados brasileiros, um grupo de mais de 120 colaboradores da Voltz, a fintech do Grupo Energisa, encontrou, no metaverso, a solução para melhorar sua experiência de trabalho. A ideia surgiu em uma empresa que nasceu no meio da pandemia de Covid-19 com a mentalidade remote first — modelo de trabalho que permite a colaboração a distância.

A construção aconteceu por meio da ferramenta Gather, a plataforma mistura formas de comunicação por telepresença tradicionais, como o Zoom ou o Teams, e elementos de conversa online em partidas de videogame. A solução deu tão certo que acabou sendo adotada pela empresa como modelo de gestão e aumento de produtividade.

Hoje, o recurso é utilizado por quase todos os funcionários da empresa, que tem 100% de seus colaboradores em sistema de remote first (embora possua escritórios em Brasília, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro).

“O mais interessante é que não foi uma imposição da empresa, foi uma iniciativa dos próprios times que buscavam meios de tornar mais presentes e fluidas suas interações, mesmo a distância. Como aumenta a produtividade, com segurança e autonomia, e aproxima quem está longe de quem está mais perto de nossos escritórios físicos, abraçamos juntos a ideia”, conta Daniel Orlean, co-CEO da Voltz.

Dia a dia no metaverso

Leonardo Calazans mora em Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, e foi um dos primeiros estagiários da Voltz a aderir à solução. Na mesa de seu avatar, encontram-se itens como tapete personalizado, itens lúdicos de livros de fantasia e um sofá para visitas, os quais representam bem a sua personalidade. Ele costuma sair para almoçar virtualmente pelo menos duas vezes por semana com Cecília Lourenço, que mora na Capital do Rio de Janeiro, também estagiária da fintech, e com Bruno Sana, morador de Aracaju, em Sergipe, e Desenvolvedor da Voltz. Dos encontros, além das brincadeiras comuns de colegas de trabalho nos horários livres, já saíram soluções para questões difíceis, como o desafio dos estagiários e demandas de trabalho.

Tiago Compagnoni, Co-CEO da empresa, explica que abraçar esse tipo de solução faz parte da cultura de startups como a Voltz: “A tendência é que iniciativas como essa, que começam por necessidade ou até por brincadeira, se desdobrem em produtos e serviços para nossos clientes. Enquanto colaborador tem uma experiência positiva e prazerosa dentro da plataforma, eles têm mais tempo e liberdade de pensamento para serem mais criativos e dinâmicos”, afirma.

Durante o expediente, os avatares dos colaboradores caminham, se encontram, almoçam e fazem reuniões no escritório da Voltz — criado por eles mesmos. Em seus espaços pessoais, funcionários podem customizar sua experiência com o que se sintam mais conectados, seja usando uma foto do jogador Messi com tapete da baia ou um criar um jardim zen, para trabalhar em meio a plantas e bonsais. Para conversar com um parceiro de trabalho, basta chegar perto dele que uma câmera se abre a o diálogo pode começar. Em salas de reunião, assim que o avatar adentra o recinto, passa a receber o áudio e vídeo do que ali está sendo apresentado.

Mais do que simples diversão, a Voltz viu as interações entre os colaboradores aumentar exponencialmente a ponto de já apresentar a empresa para clientes diretamente no seu escritório no Metaverso. Foi por meio da ferramenta que o time desenvolveu ou evoluiu produtos como Empréstimo Pessoa Física, Antecipação de Fornecedores e Adimplência.

Segundo Vitoria Pacheco, UX designer da empresa e moradora do estado do Rio Grande do Sul, uma das experiências mais interessantes com a ferramenta foi a apresentação de um projeto feito pelos estagiários da empresa para todos os colaboradores no Metaverso.

“A apresentação consistiu na replicação de telas de Jokenpo (pedra, papel, tesoura) exibidas no Figma e que foram transformadas em um website. O objetivo era mostrar o jogo funcionando de forma que pudesse ser visualizado e jogado em diferentes dispositivos (responsivo). Era um exercício de autonomia e criatividade que foi orientado por outros desenvolvedores da Voltz”, conta Vitória.

A finalização deste exercício transformou-se em uma apresentação divertida que foi feita através do metaverso no Gather, onde todos aqueles que estivessem livres poderiam chegar até a sala de reuniões no espaço e participar. Não só como espectador, mas também como “testador” do website desenvolvido pelos estagiários”, afirma. Vitória completa que a experiência trouxe consigo várias pessoas da empresa que estavam no ambiente virtual para participar de uma apresentação que poucos, senão somente os envolvidos tinham conhecimento de que ocorreria, o que tornou tudo mais divertido e interessante.

Retornos

Para Vitor Braz, tech lead e desenvolvedor na squad de antecipação da Voltz, a ferramenta ajudou nas mais variadas frentes: “Contribuiu principalmente na união do time, sendo que todos moramos longe e não temos contato pessoalmente durante todo ano. Essa facilidade de aproximação fez com que o time se conhecesse melhor. Nos deu a leveza do sentimento de estarmos próximos aos nossos amigos, conhecê-los melhor e batermos papo enquanto estamos trabalhando. Ajuda também a não nos sentirmos sozinhos pois nos dá a sensação de que de fato estamos no escritório e temos sempre um companheiro quando precisamos dele”, diz.

Ele complementa que, sobre a produtividade, também foram muitos os benefícios: “tornou-se mais fácil abrir uma comunicação, compartilhar tela de trabalho, ajudar, ensinar, montar reuniões, tirar dúvidas, enfim, existem muitas ferramentas interativas. Podemos juntos criar esboços, usar quadros, criar painéis de avisos etc. E além de tudo personalizar nosso escritório e a nossa baia como quisermos”, conclui.



Fonte: RH Pra Você


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