Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 27/04/2011

Amil mira classe D com plano de R$ 50

A partir de maio, grupo lança produto chamado Medial, de coparticipação, cujo objetivo inicial é atingir 200 mil clientes

A partir da próxima semana, o grupo de saúde Amil dá um passo inédito em seus 32 anos de história. O negócio criado pelo médico Edson de Godoy Bueno, com faturamento de R$ 7,8 bilhões no ano passado e Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 606 milhões, estreia sua grade de produtos para a classe D, que será oferecida a um preço mensal a partir de R$ 50, para pacientes de até 18 anos.

O modelo baseado na copar- ticipação, na qual o usuário paga parte da consulta médica, do exame e da cirurgia, chega ao mercado após um ano e meio de testes em um projeto-piloto.

O plano, batizado de Medial, visa atingir 200 mil clientes até o final do ano, segundo Norberto Birman, vice-presidente e diretor corporativo da Amil.

Vale lembrar que, em 2009, a Amil comprou o controle da Medial. O novo plano foi desenhado do zero, portanto não é igual aos produtos oferecidos pela antiga Medial.

O novo produto dará acesso apenas à rede própria do grupo que, hoje, conta com 33 hospitais, cerca de 3,5 mil leitos e 65 centros médicos. Inicialmente, o produto será oferecido em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Brasília e na região Nordeste.

Medial nasce como o plano de saúde mais popular do grupo, que tem 5,3 milhões de clientes distribuídos por um portfólio composto por One Health (para a classe A), Blue (para a B) e Dix (para a C), e um diferencial importante de custo.

Seu valor será 25% inferior em relação à oferta mais barata do grupo na atualidade.

Por trás desta estratégia aparentemente arriscada de oferecer saúde a preços módicos, Birman diz que há a intenção de ganhar escala e sinergia com o restante dos negócios da Amil.

"Como a gente tem uma rede verticalizada de hospitais e centros médicos, eu consigo, dentro da estrutura própria, oferecer o serviço a um custo-benefício mais acessível", afirma.

Ou seja, a estrutura já está montada. O que a Amil terá que fazer é investir na divulgação do produto - com o incomum formato de coparticipação, demandará um trabalho educativo com a população.

Birman explica que quem usar mais os serviços desembolsará um valor mensal maior e vice-versa. Para convencer o cliente a contratar o serviço, uma das armas de Amil é mostrar que, a partir do preço, será possível economizar de duas a três mensalidades por ano.

Seu público alvo hoje é composto por cerca de 25 milhões de brasileiros que, na impossibiliade de desembolsar R$ 100 em um plano de saúde, poderão pagar R$ 75 com o novo Medial.

A entrada no negócio voltado ao público D, explica ele, tem por objetivo trabalhar em cima do conceito "one stop shop", onde o cliente corporativo pode contratar diferentes tipos de produtos em um só lugar.

"Hoje o Grupo Amil não é só uma operadora, mas um sistema complexo de saúde. A ideia é permitir que as empresas escolham um plano para o presidente e outro para o funcionário mais simples em um só lugar", afirma Birman, que também enfatiza que a empresa tem 1 milhão de usuários cadastrados em seu plano odontológico.

Fonte: www.cqcs.com.br | 27.04.11 


Posts relacionados

Saúde Empresarial, por Redação

Proposta popular sobre SUS tem 700 mil assinaturas

O abaixo-assinado de iniciativa popular que pretende tornar lei a obrigação de a União destinar 10% de suas receitas brutas ao sistema público de saúde chegou ao Fórum Social Mundial Temático (FST), que está sendo realizado em Porto Alegre.

Saúde Empresarial, por Redação

Hospital do Açúcar abre 40 novos leitos para o SUS

Para cumprir o convênio firmado com o Ministério da Saúde, o Hospital do Açúcar vai entregar na próxima sexta-feira (25), 26 novos leitos para atender os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) em Alagoas.

Deixe seu Comentário:

=