Publicado por Redação em Dental - 27/06/2011

Aparelho nos dentes - dentes no bom caminho

 

Dispositivo que busca trazer a boca ao estado de normalidade
 
Nestes tempos de valorização das coisas naturais, é provável que se duvide da necessidade de uso de aparelhos nos dentes. Poderão argumentar alguns que se trata de intervenção na natureza, que provavelmente a boca acabará se ajeitando ao desvio e que, caso não aconteça, isto poderá ser deixado para mais tarde, na adolescência, quando todos os dentes permanentes estiverem na boca. Sempre tem alguém mais velho que diz que, na sua época, não tinha nada disso e as pessoas tinham dentes bonitos. Afinal, aparelho para os dentes pode ser apenas um modismo ou uma sofisticação de profissionais altamente especializados? A resposta para isso tudo é não.
 
Se existe um desvio, uma maloclusão, o aparelho nos dentes passa a ser algo natural e desejável para fazer o sistema voltar à forma natural e equilibrada da face. Desde que nascemos existem caminhos e fases corretas que devem ser percorridos pelo nosso corpo, inclusive o sistema boca e dentes. Se alguma coisa não for bem, se algo se distanciar do caminho normal, isso poderá gerar um desvio. O certo seria, tão logo se constatasse esse distanciar da normalidade, trazer a criança de volta à rota. Para se devolver à trilha adequada, lançamos mão de alguns recursos, vale dizer, de um dispositivo mecânico, de um aparelho; tudo no sentido de trazer a boca ao estado de normalidade.
 
Aparelho de dentes - um amigo e não um vilão
 
O aparelho bem concebido, poderoso auxiliar na condução ao caminho natural, funciona como verdadeira alavanca de volta a naturalidade. A boca é uma região muito dinâmica e não se deve permitir que desvios se instalem, se definam, se perpetuem e que ela continue trabalhando de maneira inadequada. Na verdade, podemos chamar de “aparelho” tudo aquilo que impede ou corrige um desvio: mudar a posição dos dentes, orientar a musculatura que está funcionando errado, favorecer e estimular para que se viabilize o crescimento ósseo, são algumas de suas missões. Enfim, são recursos que minimizam ou removem os efeitos nocivos dos desvios instalados. O próprio dedo da mãe, treinado para realizar alguns exercícios, funciona como um aparelho quando, através de manobras específicas e bem orientadas, exerce ação suficiente para mudar a direção de erupção de um dentinho que está nascendo em má posição.
 
Aparelho móvel ou fixo?
 
A ortodontia conta com grande variedade de técnicas e aparelhos, cada qual com uma finalidade. Exibindo diversas formas, esses aparelhos fixos ou removíveis apresentam diferentes modos de atuação. Constatado o desvio e baseando-se em exames adequados, o profissional planejará e decidirá que tipo de dispositivo melhor se aplica àquela correção. Em se tratando de crianças, o profissional precisa ser bastante versátil e analisar um conjunto de fatores para adequar suas técnicas. Esse procedimento inclui conceber o aparelho, considerando a sua aceitação por parte da criança, que inicia o seu uso, adaptando-se gradativamente e incorporá-lo ao seu dia-a-dia, tornando-se, dessa forma, um fiel usuário do dispositivo.
 
O aparelho fixo tem algumas características: atua direto nos dentes, levando-os para as posições desejadas. Some-se a isso o fato de não poder ser retirado da boca pela criança e, em muitos casos, até pela possibilidade de maior controle profissional, garantindo uma correção mais rápida. O aparelho móvel, usado principalmente na fase de crescimento, age sobre a região óssea e tem a vantagem de poder ser removido na hora de se alimentar ou de se praticar esportes.
 
Existem crianças que naturalmente são mais cuidadosas e menos esquecidas que outras e, uma vez adaptadas, estabelecem tal vínculo com o aparelho, que quase sempre se lembram de colocá-lo na boca e dificilmente o perdem de vista. Para essas, os aparelhos móveis, podem ser perfeitamente indicados. Já para outras, pode ser o aparelho fixo o mais adequado, já que não se ligam em memória de coisas cotidianas. Em contrapartida, nesse caso, a higiene bucal deve ser bem controlada, tendo-se que redobrar os cuidados com a escovação.
 
Cada caso, um caso
 
Não há dúvida de que se trata de um trabalho integral que, além de exigir competente conhecimento técnico-científico, também requer sensibilidade e psicologia, destacando o profissional que exerce o papel de um verdadeiro educador. Isso porque ele concilia cada tipo de desvio com o perfil de cada criança, oferecendo uma atenção individualizada que resulta em grande benefício, pois o tratamento ortodôntico deixa de ser um peso ou um transtorno para se tornar uma excelente solução.
 
Enfim, vivencia-se aquele velho chavão: cada caso, um caso. Cada criança é única e o aparelho para ela é concebido, fundamentado em técnicas científicas, mas operacionalizado numa espécie de joguinho de montar, consideradas as fatias da carga emocional, psicológica e comportamental.
 
Fonte: odontologika.uol.com.br | 27.06.11

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