Publicado por Redação em Notícias Gerais - 20/09/2011

Banco americano prevê dólar mais caro em 2012

O banco americano de investimentos Merryll Lynch prevê que a taxa média de câmbio brasileira vai subir para R$ 1,80, ou até mesmo R$ 2, no que vem. Neste ano, até agosto, a taxa média é de aproximadamente R$ 1,65.

A projeção difere do restante do mercado financeiro, segundo o acompanhamento do Banco Central: na última edição do boletim Focus --elaborado a partir de consultas a uma centena de bancos e corretoras --a taxa prevista para o ano que vem é de R$ 1,65 (a mediana das projeções).

Os prognósticos da instituição financeira consideram cenários em que o Banco Central do Brasil poderia reduzir a taxa básica de juros do país --hoje, em 12%-- para 10,50% (cenário básico) ou até 8% em 2012. Quando os juros básicos caem, muda o apelo para que capitais estrangeiros migrem para o país em busca de rentabilidades melhores.

As mudanças na política monetária ocorreriam, na visão do Merryll Lynch, em função do cenário internacional e seus impactos na inflação doméstica (via preço de commodities).

Caso os preços internacionais das matérias-primas permaneçam em níveis próximos aos atuais, e considerando também constante a política fiscal do governo, a inflação poderia bater 5,6% no ano que vem (pela referência do IPCA), ainda conforme as simulações do banco americano.

Nesse cenário, o BC ainda promoveria mais uma corte de 0,50 ponto percentual da taxa Selic em 2012, trazendo o juro primário para 10,50%. E resultando numa taxa média de câmbio mais alto, provavelmente de R$ 1,80.

Assim como os demais bancos, o Merryll Lynch também acredita que a autoridade monetária brasileira vai trazer a Selic para 11% até dezembro deste ano.

A projeção de R$ 1,80 não se altera mesmo no caso de uma deterioração da economia mundial, que faça as commodities ficarem mais baratas (por conta de um enfraquecimento da demanda).

Os economistas do banco revisam suas projeções para R$ 2 caso o Brasil entre no que chamam de "Rota Turca", isto é, em que o BC reduza a taxa Selic para 8% ao ano.

O banco americano não fornece uma explicação pelo qual o Brasil poderia radicalizar ainda mais o processo de relaxamento monetário.

"Investidores já compararam a situação no Brasil à experiência da Turquia, de cortar juros durante crises financeiras", comenta a equipe de analistas, no relatório datado de ontem.

Fonte: www1.folha.uol.com.br | 20.09.11
 


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