Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 19/04/2011

Brasileiro fuma menos, mas bebe mais, diz Ministério da Saúde

O tabagismo no Brasil continua em declínio, mas, por outro lado, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas tem crescido, principalmente entre mulheres.

De acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira pelo Ministério da Saúde, o percentual da população adulta que bebe álcool em excesso passou de 16,2% em 2006 para 18% em 2010.

Os homens são a maioria entre os que bebem em excesso --26,8% em 2010, contra 25,5% em 2006. Foi entre as mulheres, no entanto, que se deu o aumento mais expressivo: a taxa passou de 8,2 para 10,6% nos quatro anos.

O ministério considerou consumo excessivo de álcool cinco ou mais doses em uma mesma ocasião em um mês para os homens ou quatro ou mais doses para as mulheres.

A pesquisa foi feita em todas as capitais por meio de 54 mil entrevistas telefônicas.

Em relação ao fumo, o percentual caiu de 16,2% da população adulta em 2006 para 15,1% em 2010. A queda se deu entre os homens: de 20,2% para 17,9%. Entre as mulheres, o índice ficou estável em 12,7% ao longo dos anos.

O Secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, admite que a queda na prevalência de fumantes no país é "lenta". Segundo ele, a preocupação maior está no fato de que pessoas com menor escolaridade (até oito anos) fumam mais --18,6% em relação às mais escolarizadas (12 anos ou mais).

ALIMENTAÇÃO

A pesquisa mostra ainda que os brasileiros estão se alimentando pior e, com isso, é cada vez maior o número de pessoas acima do peso.

Os dados mostram que 48% da população está acima do peso, entre os quais 15% têm obesidade. Em 2006, os percentuais eram de 42,7% e 11,4% respectivamente. O crescimento de mais de um ponto percentual por ano é considerado 'preocupante' pela pasta, já que o excesso de peso está ligado ao aumento de doenças crônicas.

Para Deborah Malta, da Secretaria de Vigilância em Saúde do ministério, o fenômeno está ligado a uma mudança no padrão alimentar: maior consumo de produtos industrializados em detrimento de opções mais saudáveis como frutas e legumes.

O feijão é um exemplo. O índice de brasileiros que comem o alimento cinco vezes por semana caiu de 71,9% para 66,7% em apenas quatro anos.

Outro dado preocupante é o sedentarismo: 14,2% da população adulta não pratica nenhuma atividade física, nem durante o tempo de lazer nem para ir ao trabalho.

Nesta quinta edição da pesquisa, realizada desde 2006 por meio de entrevistas telefônicas com adultos (maiores de 18 anos), foram ouvidas 54.339 pessoas em todas as capitais.

Fonte: www1.folha.uol.com.br | 19.04.11 


Posts relacionados

Saúde Empresarial, por Redação

Estudante canadense descobre composto antienvelhecimento

Um estudo realizado na França garante que consumir peixe assado pelo menos uma vez por semana ajuda a evitar a doença de Alzheimer. Os cientistas descobriram que preparado dessa forma, o peixe conserva melhor seus valores nutricionais.

Saúde Empresarial, por Redação

Apenas 747 hospitais filantrópicos são contratualizados no Brasil

A contratualização - espécie de acordo de prestação de serviço entre entidades públicas - no caso de compromisso entre secretárias estaduais e municipais;

Saúde Empresarial, por Redação

Exames em excesso não são úteis à nossa saúde

Recentemente, uma campanha envolvendo nove sociedades médicas americanas nos chamou atenção para um problema que nos preocupa há muito tempo

Deixe seu Comentário:

=