Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 08/07/2014

Casos do vírus Chikungunya no país sobe a 20; governo descarta circulação

Subiu para 20 os casos de febre Chikungunya (similar à dengue) no Brasil, informou o Ministério da Saúde nesta segunda-feira (7). Destes, 17 são de militares e missionários brasileiros vindos do Haiti, um de uma médica brasileira que também atuava no país, e dois de haitianos que estavam no Brasil.

Apesar do número crescente de casos, já que até o último fim de semana haviam sido notificados 17, o governo afirma que o vírus não está em circulação no país, pois todos os doentes foram infectados fora do Brasil, segundo Jarbas Barbosa, secretario de vigilância em saúde do Ministério da Saúde.

"O vírus não está circulando no Brasil. Não há nenhum caso no Brasil que não seja importado. A diferença é que hoje há um foco na América Central diferente de 2010 quando os casos que surgiram no Brasil vieram da Índia e da Indonésia", disse.

São Paulo é o Estado com maior número de casos, 11, destes nove são militares. No Rio foram notificados três casos entre missionários; no Paraná, dois casos; no Amazonas um militar teve a doença e no Rio Grande do Sul um militar foi infectado.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, dois homens de Nova Friburgo e Arraial do Cabo vieram do Haiti, e a outra pessoa da República Dominicana. Os dois primeiros casos foram notificados em 22 de maio e o terceiro em 26 de junho.

 

Vírus é transmitido pelo mosquito da dengue

A febre Chikungunya transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus tem os mesmos sintomas da dengue: febre e dor no corpo, e fortes dores nas articulações como diferencial.

Os sintomas costumam aparecer de quatro a sete dias depois da picada do mosquito, e duram de dois a três dias. A febre não é considerada fatal.

Os casos são confirmados por meio de exames laboratoriais que podem ser feitos na rede pública do Estado.

Segundo o Ministério da Saúde, médicos e servidores da Saúde foram ai Haiti no fim do ano passado, quando começou o surto na região do Caribe, para aprender como identificar o diagnóstico. Como a doença não tem cura, nem vacina, o governo usa a prevenção como forma de evitar que ela se espalhe no país.

"O Ministério da Saúde mandou especialistas para a região do Caribe para se familiarizar com o diagnóstico e repassar esse conhecido aos hospitais de referência. Foi importado o insumo para fazer os kits de diagnóstico. Temos seis laboratórios para identificação da doença e um plano de contingência para cada município, que deve fazer as medidas de redução das larvas dos mosquitos em torno da residência das pessoas infectadas", afirmou.

 

Governo pede que população avise sobre viagens

No Rio, a secretaria diz ter feito um alerta aos serviços de saúde do Estado para aumentar a atenção aos diagnósticos de Chikungunya, mas pede a cooperação da população para evitar que os casos se espalhem.

"Cabe às pessoas que apresentem os sintomas procurar o sistema de saúde e informar sobre a viagem. Se ela preencher os critérios, vai ser feita a coleta de exames, que serão enviados ao laboratório central do Rio", disse Alexandre Chieppe, superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde do Rio.


Conheça os países onde circula o vírus

O vírus foi identificado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em mais de 30 países, quase todos nos continentes asiático e africano. Na Europa e nas Américas, a maioria é de casos importados, com exceção de uma vila costeira na Itália, onde houve surto em 2007 após uma onda migratória. Recentemente, foram notificados casos em, El Salvador, México, Panamá, Haiti e Cuba.

Na Ásia: Camboja, Timor Leste, Índia, Indonésia, Laos, Malásia, Maldivas, Mianmar, Paquistão, Filipinas, Reunião, Seychelles, Cingapura, Taiwan, Tailândia e Vietnã.

Na África: Benin, Burundi, Camarões, República Centro-Africana, Congo, Ilhas Comores, Guiné, Guiné Equatorial, Quênia, Madagascar, Ilhas Maurício, Maláui, Mayotte, Nigéria, Senegal, África do Sul, Sudão, Tanzânia, Uganda e Zimbábue.

Fonte: www.uol.com.br


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