Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 21/05/2015

Cobrança por parto é operação padrão em planos de saúde, diz médico

Há relatos de tentativas de extorsão por médicos, que alegam ao paciênte que não há cobertura pelo convênio

Casal diz que obstetra chegou a cobror R$ 8.000 por parto

A chantagem sofrida por gestantes nas mãos de profissionais que colocam os honorários à frente do juramento médico se repete todos os dias em clínicas espalhadas pelo Brasil inteiro. Larissa Eloi também foi surpreendida pelo médico que fez o pré-natal.

Ela afirmou que quando estava com sete meses de gravidez o médico iniciou uma conversa sobre os valores para realizar o parto.

“Com a maior cara de pau ele culpou os planos de saúde que pagam pouco aos médicos. A gente cobra um complemento, sabe como é..... coisa de R$ 7.000 , 8.000”.Larissa respondeu que o valor era um absurdo e ela não tinha como arrumar aquele dinheiro. Larissa afirma que a resposta do médico a deixou revoltada.

 

— Já que você está chorando eu posso fazer por R$ 4.000.

Segundo Larissa, o médico ainda justificou que a cobrança da taxa era uma prática do mercado.

Mesmo muito abalada e decepcionada, Larissa não aceitou pagar pelo parto e procurou outro especialista que concordasse em fazer o parto cesariano integralmente coberto pelo convênio. Ela teve muita dificuldade e demorou quase dois meses para encontrar um profissional. A uma semana do parto finalmente foi aceita por um obstetra.

Lucas nasceu no dia 12 de fevereiro de 2014 com 38 semanas e meia de gestação e muito saudável. Larissa chegou a fazer uma reclamação à operadora de saúde Cassi

Família relatando a cobrança por parte do primeiro médico, mas não soube se houve alguma punição ao profissional.

“A gente cria uma admiração pelo médico e não imagina que ele possa agir com insensibilidade. A gente vê no médico a figura de um herói e quando ele trai nosso sentimento isso é muito triste”, Larissa e o marido não quiseram levar a denúncia ao Conselho Regional de Medicina.

 

Denúncia ao CRM

O casal Walquiria e Marcos, que sofreu com o mesmo problema, denunciou a médica, ao plano de saúde Omint. A empresa decidiu descredenciar a médica e afirmou em nota, que, em hipótese alguma, os médicos credenciados podem cobrar pela realização de serviços prestados que estejam previstos em contrato entre o profissional e a Omint.

O casal também fará uma representação contra a médica no Conselho Regional de Medicina. Assim que a denúncia for apresentada, o CRM abrirá uma sindicância interna para averiguar se a especialista cometeu infração ética profissional.

Em alguns contratos entre médicos conveniados e empresas de planos de saúde, a opção de não realizar o parto até existe. No entanto, norma do Conselho Federal de Medicina estabelece que esta informação precisa ficar absolutamente clara à gestante logo na primeira consulta.

O Ministério Público Federal tem outra interpretação e considera um abuso a cobrança de taxa extra para realização de parto dos associados de convênios. A entidade fez recentemente um alerta às operadoras de planos de saúde que não permitam a cobrança de taxas extras.

A Lei Federal 9.656/98 regulamenta o setor de saúde suplementar e determina que as empresas que comercializam e administram planos de saúde têm que cobrir integralmente as despesas médicas e de internação sendo proibidos os repasses para os clientes.

Fonte: Tribuna Hoje


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