Publicado por Redação em Dental - 29/09/2011

Cuidado odontológico nos hospitais pode salvar vidas

Diminuir o tempo das internações, reduzir custos hospitalares e evitar a mortalidade – estes resultados podem ser facilitados prestando-se a devida assistência à saúde bucal dos pacientes, especialmente os que se encontram em estado crítico.

Com a proximidade do Dia do Hospital, a Associação Brasileira de Odontologia (ABO) chama a atenção do poder público para a importância de se institucionalizar o trabalho do cirurgião-dentista no ambiente hospitalar em que sua presença se faz ainda mais necessárias, as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

A ABO defende junto ao poder público a inclusão do cirurgião-dentista nas equipes multidisciplinares das UTIs por considerar que a falta de atendimento odontológico contribui para a proliferação de bactérias e fungos mais fortes nem sempre comuns ao meio bucal. Além de causar problemas bucais, estes microrganismos podem facilitar outras infecções e doenças sistêmicas, principalmente as respiratórias, já que são aspirados e chegam ao pulmão. Assim, não só a boca do paciente é prejudicada, mas também sua saúde geral e sua recuperação – um prejuízo injustificável levando-se em consideração, ainda, que o cuidado com a saúde bucal é um serviço de custo relativamente reduzido, pois costuma envolver processos simples e rápidos.

O trabalho do cirurgião-dentista nas UTIs proporcionaria, ainda, economia à saúde pública brasileira, racionalizando o uso de medicamentos, reduzindo os custos com exames complementares, melhorando e envolvendo toda a equipe da unidade em um trabalho multiprofissional integrado, como indicam as diretrizes do Sistema único de Saúde (SUS), melhorando a assistência ao paciente e salvando mais vidas.

A medida defendida pela ABO vem acumulando apoios entre representantes do poder público e dos profissionais da saúde. Tramita na Câmara o projeto de lei 2776/2008, que estabelece como obrigatória a presença do cirurgião-dentista nas equipes das UTIs e foi embasado por reportagem especial da Revista ABO Nacional, periódico científico da entidade. A Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib) apoia a proposta, defendida à época de sua apresentação também pelo ex-vice-presidente José Alencar, que, sensibilizado pela causa, encaminhou ofício aos então ministros da Saúde, Casa Civil, Educação e Relações Institucionais, presidentes da Câmara e do Senado e a diversos líderes partidários do Congresso Nacional solicitando especial atenção para o assunto.

A ABO também incentiva e promove o debate sobre o trabalho do cirurgião-dentista nas UTIs em seus eventos científicos, fóruns de discussão política e diversos outros espaços, pois  poucos hospitais brasileiros já oferecem cuidado odontológico profissional aos seus pacientes e é necessário fortalecer a conscientização sobre a questão, inclusive no âmbito médico-hospitalar.

Fonte: www.jornaldosite.com.br | 29.09.11
 


Posts relacionados

Dental, por Redação

Inglês recupera parte da visão com implante de dente

Em uma cirurgia longa e rara, um britânico recuperou 40% da visão depois de um implante de córnea artificial feito a partir de um dente

Dental, por Redação

Fuja dos preços abusivos nos tratamentos odontológicos

Investir em tratamentos preventivos é a melhor maneira de não levar susto com o orçamento do dentista na hora da urgência.

Dental, por Redação

Férias exigem atenção com saúde bucal

No período de férias escolares, é muito comum que as crianças saiam da rotina, esquecendo de atividades simples como a escovação. Por esse motivo os pais devem redobrar a atenção com o cuidado bucal de seus filhos nessa época, também marcada pelo alto consumo de açúcar.

Dental, por Redação

Pesquisa analisa percepção pública da saúde bucal no SUS

Tese de doutorado defendida por Marco Antonio Manfredini na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP) trata do controle social na área e dos entraves à promoção da saúde bucal

Deixe seu Comentário:

=