Publicado por Redação em Notícias Gerais, Revista - 24/07/2013

De Rh para Rh | Gestão Global


Quando falamos em gestão de benefícios, logo pensamos em um plano que atenda com qualidade, não apenas os colaboradores, mas a empresa em todos os seus propósitos. Será que essa percepção é igual em todo o mundo? Quais os pontos convergentes e divergentes em relação a tudo que envolve a gestão de benefícios no Brasil e no mundo?

Com a experiência de quem já atuou em países como Austrália, Índia, Tailândia, Indonésia, China, Egito, Emirados Árabes e África do Sul, Darci Padilha, diretora de recursos humanos da PPG na América Latina, disse uma frase óbvia, porém interessante a respeito da gestão de benefícios ao redor do planeta: “O ser humano é igual em todo o mundo”.

A afirmação passa pela adequação de todos os benefícios aos países onde estão sendo empregados. Por conta disso, as empresas que administram a gestão dos mesmos precisam ter atenção aos problemas enfrentados pela população de cada país. Como explicou Darci, são “práticas diferentes em virtudes de condições sócio-culturais específicas”.

Outro caso que chamou a atenção da profissional foi quando passou por uma gravidez no Japão, e em meio a toda euforia enfrentada pela chegada da criança, descobriu que lá não há cobertura para maternidade, a não ser que haja risco de vida. Neste caso, passa a ser considerado doença e a cobertura é feita pelo plano.

Para Darci o melhor modelo é o suiço, onde cada bairro, lá chamado de vilas, é atendido por um médico. O acompanhamento lá é todo subsidiado pelo governo, dando todo o suporte necessário durante e após a gestação. A mesma precisão com que o médico visita todas as casas, é exigida para as famílias também, garantindo assim que não haja problemas com os pequenos. Caso as famílias não façam a visita regular, a polícia é chamada para saber o motivo da ausência.

Ainda segundo ela, além das condições específicas de cada lugar, outros fatores que impactam a gestão de benefícios são: legislação dos países, situação sócio econômica, sindicato e a própria empresa.

Já para Thais Castro, gerente de recursos humanos da Travelport na América Latina, o modelo de saúde brasileiro, gerido pelas empresas, é mais eficiente do que em outros lugares geridos pelo governo. “Diferente de países como Chile e Argentina, todos geridos pelo governo, aqui no Brasil fica mais fácil de negociar com os provedores de saúde, além de conseguir um controle maior do produto que é oferecido para o funcionário”, alerta a gerente.

Com experiências em países como Inglaterra, Estados Unidos e Emirados Árabes, a profissional aponta a gestão de benefícios no modelo americano como uma das melhores do mundo. De acordo com a gerente, os americanos disponibilizam uma gama muito maior de opções de benefícios aos seus colaboradores e muitas empresas tem realmente se preocupado em focar nos benefícios que realmente adicionam valor aos funcionários e não apenas ao pacote standard, buscando uma maior retenção em relação a outros países e flexibilizando assim o serviço. Como exemplo, o apoio jurídico que é oferecido aos funcionários.

Ainda segundo a profissional, as corretoras e consultorias têm o papel fundamental de buscar o correto entendimento das necessidades das empresas e apresentar o produto mais adequado dentro do contexto estratégico das mesmas. Infelizmente, de um modo geral, o mercado está precisando desse serviço, pois na maioria dos projetos isso não ocorre.

Thais Castro ainda complementa que se o RH é enxuto e generalista, e muitas vezes não possui recursos dedicados a gestão de benefícios em outros países, corre-se o risco da contratação de um produto que não gera valor e não possui a melhor performance, e assim a empresa acaba disponibilizando aos colaboradores, benefícios que não atendem a necessidade devido a inputs superficiais  por parte dos “Brokers””.

Esses casos se encaixam no exemplo de que cada lugar possui características específicas, pois os americanos tem o costume, quase um hábito, de utilizar bastante o serviço de advogados, tornando assim um benefício bastante precioso na cesta. O ponto negativo de tudo isso é o alto valor do plano de benefícios americano.
Podemos perceber que, não importando o lugar, o importante é realizar um estudo sobre o que é valorizado para os funcionários, para a empresa e como fazer para que tudo isso funcione de forma adequada. “O importante numa gestão global é o aprimoramento de informações, a unificação das mesmas e uma estratégia única”, finaliza Thais Castro.

De Frederico Paredes
Da redação do Portal RH Benefícios


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