Publicado por Redação em Notícias Gerais - 27/10/2014

Empresas criam espaços com sofá, TV e videogame e reduzem demissões em 50%

Imagine fazer uma pausa no meio do expediente para jogar videogame com o colega, ir para a mesa de sinuca ou fazer as unhas. Essa é uma realidade em alguns negócios que empregam, na maior parte, jovens de 20 a 30 anos. Esse tipo de iniciativa agrada a funcionários, mas também beneficia as empresas, pois tem reduzido em até 50% os pedidos de demissões, segundo os empresários.

A Solve System, empresa de tecnologia da informação em São Paulo, criou uma sala de descanso (que eles chamam de "descompressão") com sofá, televisão, videogame (Xbox 360), biblioteca e duas mesas de pebolim (ou totó). Também são oferecidas sessões de massagem e ginástica laboral grátis para a equipe.

A média de idade dos 115 funcionários é 30 anos, segundo a sócia Andrea Rozetti, 42. De acordo com ela, no último ano apenas três pessoas pediram para sair da empresa. Há cinco anos, as demissões eram 50% maiores. "As mudanças só surtem efeito se a cultura do negócio mudar e passar a valorizar o time", diz.

Rozetti afirma que a produtividade da equipe também tem aumentado. Neste ano, ela espera faturar 45% mais do que os R$ 35 milhões de 2013.
Empresa oferece sinuca, fliperama e manicure no meio do expediente

Na paulistana Arizona, produtora de conteúdo digital, trabalham 237 pessoas. A média de idade dos funcionários é 30 anos, segundo o sócio Marcus Hadade, 42. A empresa tem um espaço com mesa de sinuca, videogame (Nintendo Wii e Atari) e fliperama para uso dos empregados.

Há dois meses, a empresa também disponibiliza dez bikes para os funcionários saírem para almoçar ou ir ao banco e também recebe uma manicure uma vez por semana com valores de R$ 10 a R$ 20. Além disso, é possível trabalhar parte da semana em casa e tirar metade do expediente de folga no dia do aniversário.

Segundo Hadade, ao final de cada ano é feita uma pesquisa de satisfação com os funcionários. O índice de ótimo ou bom, que era de 71% em 2012, subiu para 77% no ano passado. "Nossa meta é chegar aos 85% este ano", afirma. Em 2013, o negócio faturou R$ 62 milhões e espera chegar aos R$ 72 milhões, em 2014.
Agência tem bar e jardim para reuniões

No Rio de Janeiro, a agência de publicidade República tem 12 funcionários com idades entre 25 e 30 anos. No mesmo espaço em que trabalham, têm à disposição um bar abastecido com cervejas, sucos e lanches e um jardim. Os dois locais são usados para reuniões semanais com a equipe.

"Desde a contratação buscamos funcionários proativos, que se identifiquem com a política da empresa e não precisam ser cobrados para entregar resultados", afirma Vinícius Oberg, 28, sócio do negócio. As mudanças foram implantadas há um ano e meio e, nesse período, as demissões caíram pela metade, segundo o empresário.
Distração é fator de risco, consultora recomenda controle

Espaços descontraídos também podem ser tornar uma distração para os funcionários caso não haja nenhum controle, diz Márcia Almström, diretora de recursos humanos da consultoria Manpower. Para ela, é preciso que a empresa cobre resultados de sua equipe ou os incentive a antecipar prazos para que o próprio empregado use o espaço com bom senso.

Na Arizona, por exemplo, são feitas avaliações individuais duas vezes ao ano para medir a produtividade de cada funcionário. "Com base nessas avaliações estabelecemos critérios para promoções e aumentos salariais", afirma Hadade.

Para o professor de psicologia institucional da Universidade Presbiteriana Mackenzie Estevam Salgueiro, ações como as adotadas por essas empresas só funcionam quando a empresa tem uma política de bem-estar dos funcionários.

"De nada adianta criar uma sala antiestresse se a empresa paga salários baixos, não tem plano de carreira e toma decisões autoritárias. O tiro vai sair pela culatra. O espaço de convivência deve ser a 'cereja do bolo', que vai coroar a política de respeito ao funcionário", declara Salgueiro.
Ações simples podem motivar equipe em micro e pequenas

Mesmo com orçamento limitado e pouco espaço físico, as micro e pequenas empresas também podem criar benefícios com o intuito de reter empregados e melhorar a produtividade, segundo Almoström.

Para ela, contratar um serviço de ginástica laboral ou entrega de frutas frescas uma vez por semana são ações baratas que podem aumentar a sensação de bem-estar da equipe. "O jovem, principalmente, valoriza muito a qualidade de vida. Se a empresa demonstrar a mesma preocupação, isso eleva o engajamento dele", afirma a consultora.

Fonte: UOL


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