Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 19/04/2011

EUA aprovam dispositivo portátil para tratar câncer de cérebro

FDA (agência reguladora de medicamentos e alimentos dos Estados Unidos) anunciou na semana passada a aprovação de um dispositivo portátil que interrompe a divisão de células que contribui para o crescimento e propagação de tumores no cérebro.

O dispositivo NovoTTF-100A, do fabricante israelense Novocure, foi projetado para tratar adultos com glioblastoma multiforme (GBM, em inglês), um câncer muito comum e agressivo que costuma resistir aos tratamentos cirúrgicos, quimioterapia e radiação, explicou a FDA em comunicado.

"O glioblastoma multiforme recorrente é um tipo de câncer cerebral devastador que frequentemente resiste aos tratamentos padrões", explicou o diretor da FDA responsável pela aprovação de dispositivos, Jeffrey Shuren.

Para as autoridades médicas, o sistema NovoTTF-100A, que foi aprovado com base nos resultados de um único estudo internacional com 237 pacientes, oferece novas opções de tratamento.

Até agora, o tratamento de tumores primários do cérebro consistiu em remédios, cirurgia e radiação, ou mesmo uma combinação desses elementos.

O sistema é composto de uma série de eletrodos implantados no couro cabeludo do paciente e emitem descargas elétricas de baixa intensidade para atacar o tumor cerebral.

Segundo a FDA, a forma e características elétricas das células cancerígenas em processo de divisão são suscetíveis aos chamados "Campos de Tratamento do Tumor" (TTF, em inglês), "o que poderia frear o crescimento do tumor".

O dispositivo é portátil --pesa 2,7 kg--, funciona com baterias ou com energia elétrica, e o paciente pode utilizá-lo em casa e assim continuar suas atividades diárias com normalidade, acrescentou.

O estudo internacional não demonstrou um aumento no período de sobrevivência dos pacientes que utilizaram o dispositivo, em comparação com os que se submeteram a quimioterapia. Em ambos grupos, os pacientes registraram uma média de seis meses adicionais.

O entusiasmo em torno do aparelho se deve aos pacientes que usaram o NovoTTF-100A e tiveram uma melhor qualidade de vida.

Em geral, indicou a FDA, os pacientes que foram submetidos ao tratamento com o dispositivo experimentaram uma maior incidência de efeitos neurológicos secundários, incluindo convulsões e dores de cabeça, em comparação com os que receberam quimioterapia. No entanto, os pacientes que usaram o novo sistema não reportaram problemas de náusea, anemia, fadiga, diarreia e infecções graves, como costuma ocorrer com a toxicidade da quimioterapia.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer, cada ano aproximadamente 19 mil pessoas nos Estados Unidos são diagnosticadas com câncer no cérebro. Em 2010, houve 13.140 mortes por este tipo de câncer e outros do sistema nervoso no país.

Fonte: www1.folha.uol.com.br | 19.04.11 


Posts relacionados

Saúde Empresarial, por Redação

Corpo clínico deve saber lidar com tensão o tempo todo

Se a maioria dos gestores acredita que para que um hospital cumpra os requisitos de qualidade e assistência de uma instituição de alta complexidade é necessário apenas possuir boa estrutura de atendimento,

Saúde Empresarial, por Redação

SUS oferece tratamento preventivo em casa para crianças hemofílicas

O Sistema Único de Saúde (SUS) passou a oferecer em dezembro medicamento preventivo para tratamento de crianças com hemofilia grave dos tipos A e B em casa. O medicamento é indicado para quem tem até três anos de idade e tenha sangramento ou hemorragia em articulações do corpo. O remédio já estava disponível no SUS, a novidade é que agora os pais podem levar o medicamento para tratar a criança em casa. As informações são da Agência Brasil. O tratamento é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A criança toma o medicamento para repor regularmente o fator de coagulação no sangue. Com isso, previne lesões nas articulações e diminui as chances de sangramentos. Para ter direito ao remédio, a criança precisa ter cadastro em um dos 35 centros de tratamento de hemofilia - a maioria deles vinculados aos hemocentros dos Estados ou municípios. Depois de uma avaliação médica e psicológica, os pais ou responsáveis assinam termo de compromisso sobre o uso do medicamento pela criança em casa.

Saúde Empresarial, por Redação

PMO, a força para a Saúde crescer de forma sustentável

O crescimento do setor de Saúde no Brasil, facilmente observado pela expansão do número de usuários, pela maior presença e volume de operações dos grupos competidores nos diversos segmentos e pelo acréscimo dos investimentos públicos -

Saúde Empresarial, por Redação

Empresa lança primeiro aplicativo para iPad de auditoria médica

Ferramenta tem como objetivo disponibilizar informações atualizadas sobre normas e rotinas diárias de auditoria em saúde

Deixe seu Comentário:

=