Publicado por Redação em Dental - 26/05/2015

Exposição ao sol e morder o lábio podem causar câncer?

Hábitos corriqueiros podem prejudicar a sua saúde

Especialista explica a associação desse hábito com a doença e alerta quanto aos perigos da incidência solar na boca

Em um mundo onde a ansiedade é uma das doenças que mais cresce – só no Brasil, estima-se que 23% da população terá algum distúrbio ansioso ao longo da vida, segundo dados do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo - é comum ver pessoas que têm o hábito de comer o canto da boca ou os próprios lábios. Feridas, vermelhidão e sangramento são consequências desse hábito. Mas há também, quem associe a prática ao aparecimento do câncer de boca. O que não é verdade.

Segundo Celso Lemos, professor associado do Departamento de Estomatologia da Faculdade de Odontologia da USP (FOUSP), o que causa o câncer é a exposição crônica aos raios solares. “Isso provoca uma inflamação no lábio inferior chamada de queilite actínica, que pode se transformar em câncer de lábio”, diz o especialista.

Nesses casos, o lábio inferior apresenta fissuras, áreas descamadas, avermelhadas, esbranquiçadas e, às vezes, sangramentos. “A aparência é semelhante a de quando a pessoa cutuca muito a superfície labial, causando a possível associação”, explica.

Os perigos do sol

Além de aumentar a incidência de câncer de boca, a exposição excessiva ao sol também pode aumentar as chances do desenvolvimento do herpes, principalmente se o lábio já estiver machucado pelo hábito de mordiscar.

A primeira vez que Camila Franciolli, 31 anos, se viu com herpes foi no meio das férias de verão da família. “Eu sempre mordi o canto da boca, mas naquela ocasião, especificamente, eu havia machucado bastante meu lábio dias antes de chegar ao Ceará. O excesso de sol nos machucados por vários dias, fez aparecer minha primeira herpes”, conta.

"O vírus do herpes está presente na maioria da população, dormente em um gânglio nervoso do organismo. Alguns fatores podem desencadear o aparecimento, como o estresse e a exposição solar dos lábios”, diz Celso.

Por isso, pacientes com infecções recorrentes devem, principalmente ao ir à praia, se proteger com filtro solar específicos para os lábios e usar chapéus e bonés. O lábio possui poucas camadas de células de proteção (cerca de 3 a 5), não tem pelos ou glândulas sebáceas, o que o torna mais susceptível a desidratação e irritação. “É uma área menos resistente quando comparada a pele do resto do rosto e do corpo”, diz o especialista.

Fonte: Terra Saúde Bucal


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