Publicado por Redação em Notícias Gerais - 05/06/2015

Funcionária do Itaú foi impedida de deixar trabalho após sofrer aborto

Mesmo ensanguentada, Funcionária do Itaú não pôde deixar o trabalho após sofrer um aborto espontâneo. Ela ainda teve de guardar o feto em um saco plástico até ser liberada para ir ao hospital

O Ministério Público do Trabalho em Palmas, no Tocantins, entrou com pedido de processo contra o banco Itaú S.A., acusado de praticar assédio moral. O Ministério Público pede uma multa de R$ 20 milhões por dano moral coletivo, após denúncias de excesso de serviços na empresa, que estaria ocasionando problemas físicos e psicológicos aos empregados.

Segundo denúncias do SINTEC-TO (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Estado do Tocantins), uma funcionária do banco teve aborto espontâneo durante o expediente e, mesmo ensanguentada, não pôde sair da agência até fechar a tesouraria, três horas depois do aborto. Ela ainda teve de guardar o feto em um saco plástico até ser liberada para ir ao hospital. Diversos funcionários disseram testemunhar o caso.

“Colegas me ajudaram, e recolhemos uma substância que caiu no chão, que ficou guardada em uma embalagem de guardanapo em minha bolsa. Logo depois, liguei para meu chefe e expliquei o que tinha acontecido, mas ele disse que não poderia me afastar, pois não tinha ninguém para me substituir”, relatou a funcionária do banco, que pediu para ter sua identidade preservada.

“Foi um choque. Psicologicamente, foi bem pior que fisicamente. Achei muito constrangedor ficar naquela situação, trabalhando ensanguentada depois da gravidade do que havia ocorrido. Fiquei com vergonha de contar para alguém. Não acredito até hoje que isso aconteceu comigo”, conclui.

Depois de ir ao médico e ter direito a 30 dias de afastamento, ela só pôde descansar quatro dias.

Além desta situação, funcionários relataram pressão excessiva. Eles eram impedidos de almoçar e diversas vezes ficavam muito além do expediente, sem anotar as horas extras.

Depois de receber as denúncias, o MPT-TO está investigando o caso. “Os depoimentos colhidos são uníssonos e demonstram que a ré sobrecarrega seus funcionários com acúmulo de funções e carga excessiva de trabalho”, diz a procuradora Mayla Mey Friedriszik Octaviano Alberti, responsável pela investigação.

Segundo Mayla, os bancários são punidos até mesmo por ficarem doentes e que a “desastrosa gestão” do Itaú já ocasionou a perda da vida, “além de ameaçar outras que estão geradas em condições adversas decorrentes de pressão e estresse.”

Fonte: Pragmatismo Político


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