Publicado por Redação em Dental - 02/05/2013

Gengivite pode causar doença no coração, diabetes e parto prematuro

A prevenção feita com higiene bucal e visita regular ao dentista ainda é a principal arma contra as doenças que afetam a boca, mais que isso, cada vez se mostra como um meio importante contra doenças em outras partes do corpo. 

Segundo a FDI - Federação Dentária Internacional –, há países com 90% de sua população em risco de ter doenças bucais. Dentre os problemas, a gengivite atinge em maior ou menor escala praticamente todas as pessoas, e é a grande responsável pelo início dos problemas periodontais – inflamação que atinge a gengiva e pode levar à perda dos dentes . Segundo o cirurgião-dentista Rodrigo Moraes, consultor científico da ABO, as estatísticas sobre periodontites no Brasil variam entre 45% a 75% dos pacientes que são assistidos.
 
É aí que mora o perigo. Cientistas começaram a estudar a ligação entre doenças periodontais e outros problemas de saúde desde 1990. Endocardite infecciosa; doenças cardiovasculares; partos prematuros e nascimentos de baixo peso; descontrole da diabete são algumas das decorrências que podem ser associadas às periodontites.
 
Cardiopatia
O ferimento na gengiva causado pela periodontite é a porta de entrada para a bactéria cair na corrente sanguínea. Quando isso acontece há o risco de parar no coração provocando inflamação nas artérias. Esse processo pode aumentar, inclusive, os níveis de colesterol de um indivíduo.
 
Um estudo realizado pela Unicamp constatou-se que as pessoas com cardiopatia tinham de duas a três vezes mais problemas periodontais do que o grupo que não tinha doença coronariana. Os pesquisadores analisaram fragmentos arteriais desses pacientes e fizeram a detecção do DNA bacteriano. “Quase 60% dos nossos pacientes tinham a bactéria bucal nas artérias coronárias”, diz o periodontista Fernando José de Oliveira, autor da pesquisa.
 
Parto Prematuro
A doença periodontal pode trazer inúmeros malefícios tanto à gestante, pelo desconforto e dor típicos desta alteração, quanto ao feto em formação. Há fortes evidências de que mães com doença periodontal têm mais chance de ter filhos prematuros (abaixo de 37 semanas de gestação) e com baixo peso (inferior a 2500 g). 
 
“Os pesquisadores acreditam que os estímulos inflamatórios podem induzir uma hiperirritabilidade da musculatura lisa uterina, provocando contração do útero e dilatação cervical, atuando como gatilho para o parto prematuro”, diz a dentista Rosana de Fátima Possobon, professora da Faculdade de Odontologia da Unicamp.
 
Diabete
Os portadores de diabete têm, aproximadamente, quatro vezes mais chances de ter inflamações das gengivas e de perdas do suporte ósseo dos dentes.  O agravamento desses quadros também pode se relacionar com complicações da diabetes. “Dessa forma, diabéticos devem cuidar rigorosamente da higiene da boca e das visitas regulares ao dentista para evitar complicações”, afirma Moraes.
 
A diabetes dificulta o tratamento das doenças periodontais que, ao mesmo tempo, agravam ainda mais a diabetes, ou seja, uma doença pode afetar o curso da outra. “Prevenir, especialmente as infecções de boca, é o melhor remédio”, recomenda o consultor da ABO.  
 
Fonte: Terra

Posts relacionados

Dental, por Redação

Entenda as complicações da extração dentária

Os dentes mais frequentemente extraídos são os terceiros molares, também chamados dentes do siso. Algumas pessoas têm, na boca, espaço suficiente para acomodar os dentes do siso enquanto outras sofrem devido à falta de espaço.

Dental, por Redação

Crianças também são vítimas do mau hálito

A odontopediatra Erica Negrini Lia, professora-adjunta do curso de odontologia da UnB (Universidade de Brasília), garante que as crianças não estão livres da halitose, popularmente conhecida como mau hálito.

Dental, por Redação

Saúde bucal em 2012 é melhor do que anos atrás diz especialista

Em 2011, o Ministério da Saúde anunciou que pretendia investir mais de R$ 134 milhões em novos procedimentos odontológicos. Isso porque dados da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal indicam que 35% da população brasileira possuem alguma disfunção que necessita de tratamento ortodôntico.

Dental, por Redação

Clareamento dentário não faz milagres!

Feito o estrago, nem o clareamento dental restaura a cor original dos dentes. O procedimento, que é vedete na odontologia estética, também não faz um branqueamento, esperado por muitos pacientes.

Deixe seu Comentário:

=