Publicado por Redação em Notícias Gerais - 28/04/2011

Inflação deve declinar a partir do 4º tri, diz Ata

O cenário prospectivo para a inflação não evoluiu favoravelmente desde a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), segundo ata divulgada hoje pelo Banco Central (BC). Neste sentido, o colegiado pontuou que prevê dois momentos distintos para a trajetória da inflação no país. “Neste trimestre e no seguinte, a inflação acumulada em 12 meses tende a permanecer em patamares similares ou superiores àquele observado no primeiro trimestre. Isso, em grande parte, explica-se pela elevada inércia trazida de 2010”, informa a autoridade monetária em nota.

Por outro lado, segundo o BC, a partir do quarto trimestre, “o cenário central indica tendência declinante para a inflação acumulada em 12 meses, ou seja, deslocando-se na direção da trajetória de metas”.

Apesar das previsões, o colegiado reiterou que reconhece um ambiente econômico em que prevalece nível de incerteza acima do usual e que identifica riscos à concretização de um cenário em que a inflação convirja tempestivamente para o valor central da meta. 

Neste sentido, o comitê diz avaliar relevantes os riscos derivados da persistência do descompasso entre as taxas de crescimento da oferta e da demanda, apesar dos sinais de que esse descompasso tende a diminuir. “Não menos importantes são os riscos associados à trajetória dos preços das commodities nos mercados internacionais, que, a despeito de mais recentemente ter apresentado sinais de moderação, tem se apresentado envolta em grande incerteza”.

Por sua vez, o colegiado pontuou que, apesar da busca por certo arrefecimento do consumo, a expansão da oferta de crédito tende a persistir, tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas. Em nota, o BC destacou ainda que a confiança de consumidores e de empresários encontra-se em níveis historicamente elevados, a despeito de acomodação na margem e completou que o dinamismo da atividade doméstica continuará a ser favorecido pelo vigor do mercado de trabalho.

Em relação aos mercados internacionais, para o colegiado, a volatilidade e a aversão ao risco se elevaram desde sua última reunião, em grande parte, alimentadas por extraordinários níveis de liquidez global e por desenvolvimentos adversos no âmbito geopolítico.

“Nesse período, mantiveram-se altas as preocupações com dívidas de países e de bancos europeus e com a possibilidade de desaceleração na China. Observou-se recuo nos preços de importantes commodities, notadamente agrícolas e, ao mesmo tempo, depreciação da moeda norte americana. De modo geral, as perspectivas para o financiamento externo da economia brasileira seguem favoráveis”, conclui a nota.

Assim, o "Copom entende, de forma unânime que, diante das incertezas quanto ao grau de persistência das pressões inflacionárias recentes, e da complexidade que envolve hoje o ambiente internacional, o ajuste total da taxa básica de juros deve ser, a partir desta reunião, suficientemente prolongado".

Fonte: www.investimentosenoticias.com.br | 28.04.11 


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Pressionado pela queda das ações da Vale, Ibovespa recua 1,2%

Influenciado pelos temores quanto à desaceleração da economia chinesa, o Ibovespa registra forte queda de 1,26%, aos 66.877 pontos, na manhã desta terça-feira (20), após a abertura do pregão regular, mesmo sinal observado nos mercados externos.

Notícias Gerais, por Redação

Planalto quer controle maior de Mantega no Banco do Brasil

A crise no Banco do Brasil levou o governo a concluir que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, precisa ter mais controle sobre a direção do banco e da Previ, fundo de pensão da instituição.

Notícias Gerais, por Redação

Inflação semanal acelera alta em 6 de 7 capitais, diz FGV

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-S) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que mede a inflação semanal, registrou variação de 0,93%, 0,14 ponto percentual acima da taxa divulgada na última apuração, segundo dados divulgados nesta terça-feira.

Deixe seu Comentário:

=