Publicado por Redação em Notícias Gerais - 23/07/2014

Juros caem puxados por demanda de prefixados

O enfraquecimento da presidente Dilma Rousseff nas últimas pesquisas eleitorais e o crescimento das apostas de um possível corte da taxa Selic levaram as taxas dos contratos futuros de juros a fecharem em queda ontem. Houve um forte movimento comprador de títulos públicos prefixados e atrelados à inflação no mercado secundário. O fluxo para renda fixa também ajudou a derrubar a cotação do dólar, que caiu 0,52%, encerrando ontem a R$ 2,2120.

Os investidores apostam em um "choque de credibilidade" na política econômica com uma possível vitória do candidato da oposição, Aécio Neves (PSDB), que tem o apoio do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga e é visto com perfil mais pró-mercado.

As últimas pesquisas eleitorais, realizadas pelo Datafolha e pelo Instituto Sensus, mostraram um empate técnico entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e o candidato tucano num eventual segundo turno, o que tem contribuído para a queda do dólar no mercado local e das taxas de juros dos contratos mais longos de DI.

Esse movimento foi evidente principalmente na queda das taxas das Notas do Tesouro Nacional - série B (NTNs-B) - título público atrelado à inflação. A taxa da NTN-B para 2050 caiu 0,10 ponto percentual no mercado secundário, para 5,78% ontem.

Os sinais da economia brasileira e global dão respaldo à redução dos prêmios de risco. Os contratos de DIs, que já abriram sem força sob o impacto do IPCA-15 de julho, ampliaram a queda com o recuo do retorno dos títulos do Tesouro americano (Treasuries), após a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) em junho nos Estados Unidos, que veio abaixo do esperado pelo mercado

O IPCA-15 desacelerou de 0,47% em junho para 0,17% em julho, variação inferior à média de 0,21% apurada pelo Valor Data com 19 consultorias e instituições financeiras.

 Com isso, o DI para janeiro de 2015, que reflete as apostas para o rumo da taxa Selic ao fim deste ano, encerrou em 10,72%, ante 10,74% do pregão anterior. Já o DI para janeiro de 2016 recuou ontem para 10,9% de 10,94% no pregão anterior, reduzindo cada vez mais as expectativas de que haja um aperto monetário no próximo ano. As tesourarias mantêm na curva a termo a chance de redução da taxa básica na reunião do Copom em setembro.

O crescimento das apostas de queda de juros também é ancorado pela perspectiva de que não haverá uma forte depreciação do real no curto prazo. Além das intervenções do Banco Central (BC) por meio dos leilões diários de swaps cambiais, reina, pelo menos no curto prazo, a leitura de que a normalização da política monetária americana será para lá de lenta, com alta gradual dos juros apenas no segundo semestre de 2015.

Fonte: Valor Online - São Paulo/SP - FINANÇAS
 


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