Publicado por Redação em Notícias Gerais - 04/03/2013

Mantega: PIB foi fraco, mas brasileiro não sentiu crise

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira que o baixo crescimento da economia brasileira no ano passado, de apenas 0,9%, não afetou diretamente a população. A geração de empregos e o aumento na renda salarial foram destacados por Mantega, que preferiu apostar em um bom resultado em 2013 a explicar o que deu de errado no ano passado.

"Para a população brasileira, para a maioria, o ano de 2012 foi um ano bom. A crise internacional não bateu à porta da família brasileira porque em 2012 tivemos um excelente resultado de emprego, com 1,3 milhão de novos postos de trabalho. A massa salarial cresceu 6% ao ano. Houve um aumento real de renda da população de 4%. O crescimento do financiamento para habitação foi de 35% ao longo do ano. A população está adquirindo mais moradia, mais automóveis. Isso é importante", disse Mantega.

Mantega rechaçou que as medidas de estímulo à economia, como desonerações bilionárias em impostos incidentes sobre a produção industrial e sobre a folha de pagamentos, tenham sido em vão. Para o ministro, os reflexos da crise econômica internacional tiveram mais influência na desaceleração da economia do que as medidas tomadas pelo governo para evitar uma queda maior.

"As medidas tomadas estão começando a surtir efeito. Demoraram mais tempo em função da crise internacional em 2012. A economia mundial desacelerou fortemente e tivemos mais dificuldades de exportar. Para 2013, o cenário internacional é mais benigno. A economia europeia deve crescer e vamos manter uma trajetória positiva de aceleração que vai continuar em 2013 e vai nos levar a cumprir os objetivos de crescimento que estabelecemos para o País", afirmou o ministro.

Para o ano que vem, Mantega prevê que a economia deve crescer entre 3% e 4%. A previsão está de acordo com a expectativa de mercado. O boletim Focus desta semana, que reúne as opiniões de analistas dos principais bancos e fundos brasileiros, prevê um crescimento do PIB na ordem de 3,1% em 2013.

"Faremos mais redução de impostos em 2013. Vamos continuar reduzindo tributos de modo a reduzir a carga tributária no País e tornar mais baratos os investimentos e o consumo", garantiu o ministro.

Parte da previsão de Mantega se apoia no consumo das famílias. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou o PIB na manhã de hoje, o setor de serviços, o de maior peso na economia, salvou o País de um resultado negativo em 2012. Seu crescimento foi de 1,7% em 2012, o único a apresentar alta. O consumo das famílias, por sua vez, aumentou 3,1%, o nono ano seguido de taxas positivas.

"A família brasileira começou o ano de 2013 pagando menos tarifa de energia elétrica. As vendas no varejo de 2012 cresceram 8%, o que é um desempenho incomum em todo mundo. As perspectivas são muito boas para os próximos dois anos, levando em consideração que a crise internacional está arrefecendo e deve favorecer o consumo", justificou.

Fonte: Terra


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