Publicado por Suporte AW em Saúde Empresarial - 07/02/2011

Medicamento para osteoporose faz paciente viver mais

Quem toma bisfosfonatos, classe de remédios mais usada no tratamento da osteoporose, pode ter um benefício extra: cinco anos a mais de vida em comparação aos que usam outros medicamentos para o mesmo problema.
 
A conclusão é de uma pesquisa australiana do Garvan Institute of Medical Research de Sidney, publicada no "Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism".
 
Os resultados se basearam num estudo feito na cidade de Dubbo, no País de Gales, com mais de 2.000 pessoas acima de 60 anos.
 
Entre elas, um grupo de 121 pacientes se tratou com bisfosfonatos por três anos.
 
Em comparação com outros grupos que utilizavam diferentes formas de tratamento, como vitamina D ou hormônios, o primeiro teve maior expectativa de vida.
 
Uma das hipóteses para o resultado, segundo os pesquisadores, está ligada ao fato de que o osso atua como repositório de metais pesados tóxicos, como o chumbo.
 
Quando a pessoa envelhece e perde massa óssea, essas substâncias seriam liberadas no corpo, afetando a saúde. A prevenção da perda óssea com a droga também poderia impedir isso.
 
Para Rosa Maria Rodrigues Pereira, responsável pelo ambulatório de osteoporose do Hospital das Clínicas, essa justificativa é teoria nova.
 
O que se sabe, diz Pereira, é que o bisfosfonato reduz o risco de fraturas e, portanto, aumenta a sobrevida.
 
"As fraturas levam à internação, que pode causar infecções de pulmão e outras doenças", afirma.
 
Ari Halpern, reumatologista do Albert Einstein, concorda. Para ele, o estudo demonstra que o remédio é eficaz contra as fraturas graves.
 
"Esses resultados apontam que os bisfosfonatos não reduzem o problema apenas nos exames e na densidade óssea, mas têm impacto na qualidade de vida", afirma.
 
Mas, segundo ele, não há nenhum estudo que afirme que os bisfosfonatos são mais eficazes que outros tipos de tratamento.
 
POLÊMICA
 
Um dos efeitos colaterais do medicamento é irritação no esôfago e no estômago.
 
No ano passado, uma pesquisa publicada no "British Medical Journal" apontou que o remédio pode dobrar o risco de câncer de esôfago.
 
Um mês antes, um estudo da Universidade de Oxford negava essa relação.
 
Ari Halpern diz que os efeitos do remédio nessa região do corpo podem ser evitados com algumas medidas.
 
Algumas delas são tomar o remédio em jejum com um copo cheio d'água, não comer nada depois de duas horas nem deitar-se logo em seguida, para não ter refluxo.
 
Fonte: www1.folha.uol.com.br | 07.02.11

Posts relacionados

Saúde Empresarial, por Redação

7 eixos compõe a agenda regulatória da ANS

Segundo a Agência, a agenda implantada no biênio 2011-2012 teve avanços somando 28 projetos, 24 deles totalmente concluídos até dezembro de 2012.

Saúde Empresarial, por Redação

Ouvidorias de planos de saúde começam a funcionar em 6 meses

As operadoras de planos de saúde vão ter entre seis meses e um ano para implantar ouvidorias em suas estruturas. A determinação da Agência Nacional de Saúde (ANS) consta na Resolução Normativa nº 323, publicada na quinta-feira, dia 5.

Saúde Empresarial, por Redação

Brasil supera meta de crescimento de doadores

Investimentos para ampliação dos transplantes e captação de órgãos contribuem para o crescimento da assistência no SUS

Saúde Empresarial, por Redação

Brasil é o segundo País do mundo em cirurgias cardíacas

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular SBCCV comemora o centenário do nascimento do professor Euryclides de Jesus Zerbini, considerado o pai da cirurgia cardíaca e fundador do Incor.

Saúde Empresarial, por Redação


Deixe seu Comentário:

=