Publicado por Redação em Gestão de Saúde - 18/12/2024
O impacto silencioso das bets nas empresas: como os líderes podem agir
Com o crescimento explosivo das apostas esportivas “bets” no Brasil, um mercado que tem expectativa de movimentar mais de R$ 130 bilhões em 2024, segundo pesquisa da Strategy&/PwC, novas questões emergem para o universo corporativo. Além de impactar diretamente a economia e os hábitos de consumo, a popularização desse setor apresenta riscos à saúde emocional e comportamental dos trabalhadores, com reflexos preocupantes na produtividade e no clima organizacional.
Alimentado pela acessibilidade tecnológica e pela promessa de ganhos rápidos, o mercado tem intensificado a compulsão das pessoas por apostas, gerando efeitos negativos no dia a dia das empresas. Ansiedade, distração e até depressão estão entre os principais problemas relatados por colaboradores expostos a esse cenário, segundo estudos.
“Empresas precisam reconhecer os sinais de impacto no ambiente de trabalho, como aumento de ansiedade, distrações e diminuição do foco nas atividades profissionais”, alerta Luiz Eduardo Drouet, presidente da ABRH-SP.
Com milhões de brasileiros engajados nas apostas esportivas e a crescente presença dessas plataformas na mídia e na cultura popular, o desafio para os líderes empresariais é claro: proteger o bem-estar dos colaboradores e mitigar os efeitos do vício em apostas.
Estratégias para combater os impactos no ambiente de trabalho
Para enfrentar essa nova realidade, as empresas podem adotar medidas práticas e eficazes que ajudam a prevenir os impactos negativos:
Campanhas de conscientização: Promova diálogos sobre os riscos associados às apostas e incentive hábitos saudáveis dentro e fora do trabalho.
Benefícios voltados à saúde mental: Amplie o suporte emocional, oferecendo sessões de terapia, programas de acolhimento e outros recursos que ajudem a prevenir o agravamento de problemas emocionais.
Diretrizes corporativas claras: Estabeleça políticas que orientem o uso do tempo e dos recursos corporativos, garantindo que eles sejam utilizados de maneira ética e produtiva.
Segundo Drouet, a implementação de programas de apoio vai além de proteger a produtividade. “Os líderes têm a oportunidade de transformar um desafio em uma estratégia de valor. Ao investir na saúde emocional e no bem-estar dos colaboradores, as empresas também impulsionam seu crescimento de maneira sustentável”, conclui.
Ao adotar essas práticas, as empresas não só reduzem os riscos associados ao vício em apostas esportivas, mas também fortalecem sua cultura organizacional e criam um ambiente de trabalho mais saudável e engajado. Afinal, cuidar do capital humano é cuidar do futuro do negócio.
Fonte: Mundo RH.