Publicado por Redação em Gestão do RH - 02/02/2022

Quais são os desafios do RH na educação corporativa em 2022?



Por Sandra Cristina Domingos, coordenadora do atendimento corporativo do Senac São Paulo

Disponibilizar informações de qualidade e otimizar a gestão dos processos são as grandes preocupações das organizações em um ano ainda em pandemia, e que exige recuperação econômica e projeção de crescimento.

Já se sabe que a educação corporativa é um investimento fundamental para que as empresas se mantenham no mercado com seus profissionais preparados para enfrentarem esses constantes desafios. Com o cenário incerto, continua e se intensifica a necessidade de disponibilizarem ações digitais de desenvolvimento.

As plataformas digitais de aprendizagem e de interação, além de ações educacionais, auxiliam também os profissionais de Recursos Humanos nos processos seletivos, na ambientação e na disseminação dos valores e da cultura organizacional, o que é fundamental para a produtividade dos funcionários e auxilia na redução do turnover.

A velocidade das mudanças e a quantidade de informações disponíveis faz com que as informações e conceitos tenham que ser transmitidos de forma rápida e fragmentada. Os microlearnings, já muito utilizados, são ainda mais importantes neste momento, sendo que os profissionais corporativos assimilam melhor as informações utilizando este formato. Para isto, além das plataformas digitais de aprendizagem, são utilizadas diversas mídias, sendo o WhatsApp uma ferramenta importante para utilização desta estratégia pelas áreas de educação corporativa.

As ações híbridas são uma tendência a serem incorporadas por grande parte dos RHs, pois propiciam redução nos custos e ganhos em escala no desenvolvimento de seus times, deixando apenas as atividades práticas para os momentos presenciais. Sua importância está ligada, principalmente, ao aumento do home office implantado como legado da pandemia: pesquisas recentes indicam que mais de 70% dos colaboradores das empresas se sentem mais produtivos atuando em formato híbrido.

Outra modalidade para as ações educacionais é o remoto (online síncrono), e segundo a ABTD (Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento), 64% das empresas apontam este formato como muito importante na manutenção nas ações de treinamento de desenvolvimento em 2020 e 2021.

Os modelos mencionados acima, responsáveis por mediarem o conhecimento e fazer a gestão da informação à distância, aumentam a necessidade de os RHs intensificarem o Social Learning para ampliarem ainda mais as possibilidades de interação entre os profissionais, a construção coletiva e colaborativa do conhecimento, o que permite maior rapidez no aprendizado de novas habilidades e abordagens.

Outro desafio é o desenvolvimento dos líderes, pois as lideranças têm papel fundamental no sucesso das ações de aprendizagem e no engajamento das equipes. O estudo People Management: “Pros, Cons and Development Opportunities”, da Gallup, aponta que na percepção dos funcionários, a liderança é responsável por 70% de sua motivação no trabalho.

Mesmo hoje, os investimentos em ações de desenvolvimento de lideranças estão em torno de 50% e para que isto se reverta em resultado, é preciso que eles estejam alinhados aos objetivos estratégicos da organização, à expectativa da equipe e às competências necessárias para que ocorra uma gestão adequada.

A nova forma de trabalho e as mudanças impostas pela pandemia trouxeram mais um desafio importante, pois muitos funcionários se sentem mais cansados com as atividades profissionais e, somado a isso, há os impactos econômicos e sanitários. Portanto, a saúde mental dos times passa a ser uma grande preocupação dos RHs. A educação corporativa, aliada a outras ações, pode ser uma estratégia importante no auxílio e no cuidado com os profissionais e a saúde mental precisa fazer parte da política institucional das empresas.

A transformação digital também é um tema a ser abordado pelos RHs no desenvolvimento das equipes, já que é preciso preparar os líderes na capacitação dos times para entender os ganhos e utilizar, da melhor forma, os insumos retirados das ferramentas tecnológicas. Elas visam facilitar o processo produtivo e valorizar a interação e a participação humana.

Diante disto, exigem mudanças comportamentais e de atitude de todos os profissionais da organização. A utilização adequada e otimizada da tecnologia oferece subsídios para tomadas de decisão mais conscientes e flexíveis para que possam se adaptar às rápidas mudanças do mercado e se manterem produtivas e com resultados sustentáveis.

Além de melhorar a produtividade e reduzir a rotatividade, a missão da educação corporativa precisa extrapolar as fronteiras da empresa e trabalhar com os stakeholders e com a sociedade em geral, pois todas as organizações têm uma missão educadora e de transformação social para ser colocada em prática.



Fonte: Mundo RH


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