Publicado por Redação em Mercado - 04/06/2025
Taxa de desemprego de 6,6% fica abaixo do esperado pelo mercado e país tem recorde de Carteira Assinada
Nesta quinta-feira (29), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou dados referentes ao mercado de trabalho no Brasil no primeiro trimestre — até abril. O período teve número recorde de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, em um mercado de trabalho que segue em patamar sólido. A taxa foi de 0,1 ponto percentual (p.p.) superior ao último trimestre — que foi até janeiro –, chegando a 6,6%.
O resultado é o mais baixo para o período na série histórica iniciada em 2012 e ficou bem abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de 6,9%. No mesmo período do ano anterior, a taxa de desemprego foi de 7,5%.
O mercado de trabalho no Brasil deve seguir robusto neste ano, de acordo com analistas, mas apresentando deterioração gradual em conjunto com a perda de força esperada da economia.
Se por um lado o mercado de trabalho aquecido, com taxa de desemprego em patamares historicamente baixos e aumento da renda, ajuda a estimular a atividade econômica, por outro dificulta o controle da inflação, especialmente a de serviços.
O Banco Central (BC) já elevou a taxa básica de juros Selic para US$ 14,75 (R$ 83,52), buscando o controle da inflação.
Nos três meses até abril, o número de desempregados aumentou 1,0% sobre o trimestre imediatamente anterior, chegando a 7,273 milhões de pessoas, o que representa ainda uma queda de 11,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Já o total de ocupados aumentou 0,3% sobre o trimestre até janeiro e 2,4% na comparação anual, atingindo 103,257 milhões.
Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado cresceram 0,8% nos três meses até abril sobre o trimestre anterior e chegaram a um total de 39,648 milhões, um recorde, segundo o IBGE.
Os que não tinham carteira recuaram 1,6% na comparação trimestral, chegando a 13,660 milhões.
“O mercado de trabalho apresentando níveis mais baixos de subutilização da população em idade de trabalhar, como vem acontecendo, naturalmente impulsiona as contratações formalizadas, uma vez que a mão de obra mais qualificada exige melhores condições de trabalho”, disse William Kratochwill, analista da pesquisa no IBGE.
No período, o rendimento real habitual de todos os trabalhos chegou a R$3.426 no trimestre de fevereiro a abril de 2025, apresentando avanços de 0,4% sobre os três meses imediatamente anteriores e de 3,2% na comparação anual.
Fonte: Forbes Brasil