Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 22/02/2013

Uso correto do medicamento começa na consulta e vai até o armário de casa

Farmacovigilância é a área responsável por verificar se todas as normas relativas aos medicamentos estão sendo respeitadas

Usar e cuidar do medicamento de forma adequada é fundamental para a saúde do paciente. Por isso, tanto na indústria quanto no dia a dia, os produtos farmacêuticos devem ser manuseados, embalados, armazenados e consumidos de maneira adequada.
 
Na indústria, a Farmacovigilância – junto com o Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) – é a área responsável por verificar se todas as normas relativas aos medicamentos estão sendo respeitadas e, assim, garantir que o produto que chega ao consumidor continua seguro. A Farmacovigilância é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “atividades relativas à detecção, avaliação, compreensão e prevenção de efeitos adversos ou outros problemas relacionados a medicamentos”.
 
No dia a dia, também há cuidados que os cidadãos devem ter para garantir que os medicamentos mantenham suas propriedades e, consequentemente, provoquem o efeito esperado contra a doença. A profissional de Farmacovigilância do Instituto de Tecnologia de Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), Janaína Carvalho, explica que as medidas de uso correto do medicamento começam na consulta médica e vão até o armarinho de casa. “O paciente ou cuidador tem direito e deve solicitar todos os esclarecimentos necessários durante a consulta, desde como usar até onde e como guardar o produto para garantir sua validade”, afirma.
 
Foi pensando nisso que Farmanguinhos elaborou uma cartilha sobre o uso correto de medicamentos. A importância do uso adequado dos fármacos também motivou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a convidar instituições de saúde para integrarem uma força tarefa em favor do uso racional dos medicamentos, o que implica coibir a automedicação.
Indústria atenta
 
Segundo Janaína, a visão da OMS é de que a indústria farmacêutica tem responsabilidade primordial pela segurança dos medicamentos e está em posição privilegiada para monitorar os produtos não só no começo do seu desenvolvimento, mas também ao longo de toda a sua vida. Esse é o trabalho dos profissionais em Farmacovigilância.
 
Essa posição privilegiada, observa Janaína, é importante no âmbito público, no qual há muitas Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP) que devem ser acompanhadas de perto, para que o usuário tenha a confiança de que a troca de fabricante trará redução de custo ao governo e absorção de novas tecnologias, mas seu tratamento continuará o mesmo.
 
Ela lembra ainda que por meio da Farmacovigilância também podem ser identificadas oportunidades de melhorias por meio de alterações de produtos ou de alguma prática. “Um efeito colateral de um medicamento pode induzir estudos de novo uso, por exemplo”, comenta. A área também pode chegar a influenciar as leis: “A identificação de erros de medicação, como a troca de produto devido a embalagens parecidas, pode gerar mudanças de embalagem ou até mesmo da legislação”.
 
Formação
 
A Farmacovigilância na indústria foi regulamentada no Brasil em 2009 e, desde então, a área tem crescido muito, com demanda de novos profissionais especializados. Em Farmanguinhos, há, desde 2008, o curso de especialização em Tecnologias Industriais Farmacêuticas (TIF), que inclui a disciplina. Além disso, muitos outros cursos estão surgindo no Brasil, bem como oportunidades para os profissionais.
 
Fonte: saudeweb.com.br

Posts relacionados

Saúde Empresarial, por Redação

Instituições públicas e privadas são convocadas para estimular uso racional de medicamentos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou um edital de chamamento para que instituições interessadas integrem uma força de trabalho para a determinação de medidas que estimulem o uso racional de medicamentos.

Saúde Empresarial, por Redação

Mortalidade de idosos cai 9% em 10 anos no Estado de SP

Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo mostra que, em uma década, a mortalidade de paulistas com 60 anos ou mais caiu 9%. Foram 364 mortes para cada 10 mil idosos no Estado em 2010, último dado disponível, contra 400 por 10 mil em 2000.

Saúde Empresarial, por Redação

Brasil caminha para modelo de saúde semelhante ao inglês

Para o superintendente-corporativo do Hospital Sírio Libanês, Gonzalo Vecina, o Brasil está caminhando para ter um setor da saúde baseado nos mesmos parâmetros do sistema inglês.

Deixe seu Comentário:

=