Publicado por Redação em Previdência Corporate - 09/11/2015

Como planejar sua aposentadoria com as novas regras

Com a fórmula que agora é opção ao fator previdenciário, são mais possibilidades a se considerar. Contudo, investir bem ainda é essencial.

Com a sanção presidencial da chamada fórmula 85/95, muita gente vai preferir esperar um pouco mais para solicitar a aposentadoria por tempo de contribuição, na intenção de garantir o benefício integral, escapando da aplicação do fator previdenciário, que vigora desde 1999.

A decisão é boa para o contribuinte que ainda tem pique para trabalhar por uns anos e boa para o governo, pelo menos no curto prazo. Quem decidir esperar e quem ainda é jovem pode aproveitar para avaliar outras possibilidades e garantir uma renda ainda maior na velhice. Veja mais detalhes da fórmula e do fator no quadro no fim deste texto.

INVESTIMENTO

O foco principal, no entanto, alerta o advogado previdenciário Paulo Perazzo, deve ser investir na previdência pública pelo máximo de tempo possível, para depois pensar numa previdência privada. Na visão dele, esta opção é mais adequada para quem já contribui com o teto e precisa/quer mais. “Com 35 anos de contribuição, se você colocasse todo o dinheiro numa previdência privada, o montante seria esgotado em seis anos”, calcula.

Outra opção é montar uma carteira (um mix) de investimentos, levando em consideração que há sempre um risco e que é preciso analisar o cenário econômico antes de tomar uma decisão, como lembra a diretora científica do Instituto de Estudos Previdenciários (Ieprev), Naiara Freitas. No mercado, há diversas opções. Alguns títulos públicos, negociados pelo Tesouro, têm se mostrado uma boa aposta. Nesse universo, destacam-se os títulos de longo prazo (para 2050, por exemplo) indexados ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, que mede a a inflação oficial do País). Alguns deles, estão pagando acima de 7% mais a variação do IPCA. Outra opção que tem sido bastante procurada são as letras de crédito, com destaque para a Letra de Crédito Imobiliário (LCI), uma opção de renda fixa isentos de Imposto de Renda. Confira detalhes e dicas de investimentos no quadro ao lado.

DESAPOSENTAÇÃO

O veto da presidente Dilma Rousseff ao artigo do direito à desaposentação não significa o fim da discussão. Isso porque a questão está sendo analisada também no âmbito jurídico, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), lembra Perazzo. A justificativa do governo é evitar um rombo ainda maior da Previdência Social. A desaposentação é a possibilidade de quem já se aposentou, mas continuou trabalhando e contribuindo solicitar uma revisão do benefício. O Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP) repudiou o veto presidencial baseado no estudo que mostra que a contribuição paga pelo segurado custeia o novo benefício a ser recebido. Segundo o IBDP, mais de 70 mil processos na justiça estão aguardando a decisão do Supremo, e o veto da presidente não muda em nada os processos que estão no STF.

  

  

Fonte: Justiça em foco


Posts relacionados

Previdência Corporate, por Redação

Governo anuncia aumento para quem ganha aposentadoria do INSS

O reajuste é de 6,15% e vai beneficiar 9,2 milhões de pessoas.Outros 20 bilhões de segurados, já tiveram aumento no dia 1º de janeiro 

Previdência Corporate, por Redação

IR: saiba o que fazer se acha que ficou na Malha Fina

Com a liberação do primeiro lote da restituição do IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física), os contribuintes que não foram listados neste lote acabam se preocupando se caíram ou não na malha fina.

Previdência Corporate, por Redação

Governo estuda novo índice para aposentados

Ao completar 401 dias à frente do Ministério da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, recebeu o DIARIO para falar sobre os rumos da Previdência e os bastidores da negociação do reajuste dos aposentados.

Deixe seu Comentário:

=