Publicado por Redação em Notícias Gerais - 18/08/2016

Trabalhar menos horas aumenta produtividade? Consultoria sugere que sim

Trabalhar menos horas pode significar um aumento na produtividade. Isso é o que sugere um levantamento da consultoria inglesa Expert Market, que analisou dados de 36 países (o Brasil não está entre eles).

O estudo dividiu o PIB (Produto Interno Bruto) per capita --que representa a produção por pessoa, em libras (moeda britânica)-- pelo número de horas trabalhadas, em média, por ano.

Sete países que estão entre as maiores economias do mundo aparecem entre os dez com menor número de horas trabalhadas: Luxemburgo, Noruega, Suíça, Holanda, Alemanha, Dinamarca e Suécia.

Alemães trabalham menos horas

Entre os 36 países, a Alemanha tem o menor número de horas de trabalho por ano: 1.371 por pessoa --abaixo da média mundial, de 1.762 horas.

Mesmo trabalhando menos horas, o país ficou em sexto em termos de produtividade. Por lá, cada pessoa gera, em média, 25,95 libras por hora.

O campeão de produtividade foi Luxemburgo, onde uma pessoa gera 45,71 libras, em média, por hora. O país é o 10º com o menor número de horas trabalhadas por ano.

Veja o ranking de produtividade por país:

  • Luxemburgo - trabalham 1.643 horas/ano; produtividade por hora de 45,71 libras
  • Noruega - trabalham 1.427 horas/ano; produtividade por hora: 36,36 libras
  • Austrália - trabalham 1.664.2 horas/ano; produtividade por hora: 29,81 libras
  • Suíça - trabalham 1.568,2 horas/ano; produtividade por hora: 28,35 libras
  • Holanda - trabalham 1.425 horas/ano; produtividade por hora: 28,35 libras
  • Alemanha - trabalham 1.371 horas/ano; produtividade por hora: 25,95 libras
  • Dinamarca - trabalham 1.436 horas/ano; produtividade por hora: 24,14 libras
  • EUA - trabalham 1.789 horas/ano; produtividade por hora: 23,66 libras
  • Irlanda - trabalham 1821,26 horas/ano; produtividade por hora: 23,12 libras
  • Suécia - trabalham 1.609 horas/ano; produtividade por hora: 22,58 libras
  • Áustria - trabalham 1628,7 horas/ano; produtividade por hora: 22.03 libras
  • França - trabalham 1473,45 horas/ano; produtividade por hora: 21,21 libras
  • Canadá - trabalham 1.704 horas/ano; produtividade por hora: 20,30 libras
  • Finlândia - trabalham 1.645 horas/ano; produtividade por hora: 18,95 libras
  • Islândia - trabalham 1.864 horas/ano; produtividade por hora: 18,76 libras
  • Reino Unido - trabalham 1.677 horas/ano; produtividade por hora: 18,64 libras
  • Japão - trabalham 1.729 horas/ano; produtividade por hora: 16,72 libras
  • Espanha - trabalham 1.688,8 horas/ano; produtividade por hora: 15,63 libras
  • Itália - trabalham 1.733,9 horas/ano; produtividade por hora: 15,62 libras
  • Nova Zelândia - trabalham 1.762 horas/ano; produtividade por hora: 15,58 libras
  • Eslovênia - trabalham 1.561 horas/ano; produtividade por hora: 15,06 libras
  • Israel - trabalham 1.853 horas/ano; produtividade por hora: 13,80 libras
  • Coreia do Sul - trabalham 1.789 horas/ano; produtividade por hora: 23,66 libras
  • República Tcheca - trabalham 1.776 horas/ano; produtividade por hora: 13,50 libras
  • Eslováquia - trabalham 1.763 horas/ano; produtividade por hora: 12,78 libras
  • Lituânia - trabalham 1.834 horas/ano; produtividade por hora: 11,75 libras
  • Estônia - trabalham 1.859 horas/ano; produtividade por hora: 11,67 libras
  • Portugal - trabalham 1.857 horas/ano; produtividade por hora: 11,36 libras
  • Hungria - trabalham 1.857,9 horas/ano; produtividade por hora: 10,70 libras
  • Polônia - trabalham 1.923 horas/ano; produtividade por hora: 10,45 libras
  • Grécia - trabalham 2.042 horas/ano; produtividade por hora: 9,81 libras
  • Rússia - trabalham 1.985 horas/ano; produtividade por hora: 9,71 libras
  • Letônia - trabalham 1.938 horas/ano; produtividade por hora: 9,67 libras
  • Chile - trabalham 1.989,8 horas/ano; produtividade por hora: 8,96 libras
  • México - trabalham 2.228 horas/ano; produtividade por hora: 5,96 libras
  • Costa Rica - trabalham 2.216 horas/ano; produtividade por hora: 5,31 libras

 

Mais horas, menos produtividade

A ponta de baixo do ranking também parece comprovar a tese de que menos horas de trabalho ajudam a aumentar a produtividade, segundo a consultoria.

Oito países aparecem tanto na lista dos dez com mais horas de trabalho, quanto entre os dez com menor produtividade: México, Costa Rica, Grécia, Chile, Rússia, Letônia, Polônia e Estônia.

O México, por exemplo, é o país com o maior número de horas trabalhadas: 2.228 ao ano. Logo atrás aparece a Costa Rica, com 2.216. Os dois países também aparecem como os últimos em termos de produtividade.

Jornada de 80 horas

Em julho, o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Braga de Andrade, gerou polêmica ao defender mudanças nas leis trabalhistas e citar como exemplo o caso da França, afirmando que o país aprovou a jornada de trabalho de até 80 horas semanais.

"Nós aqui no Brasil temos 44 horas de trabalho semanais. As centrais sindicais tentam passar esse número para 40. A França, que tem 36 horas, passou agora para 80, a possibilidade de até 80 horas de trabalho semanal [na verdade, são 60 horas] e até 12 horas diárias de trabalho", afirmou.

Depois das declarações, a CNI divulgou nota dizendo que o presidente da confederação não defendeu o aumento da jornada de trabalho no Brasil.


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Sustentabilidade e seguro

Pela própria natureza e pela missão de pagar indenizações decorrentes de eventos das mais diversas origens, as seguradoras acompanham as mudanças que afetam o clima

Notícias Gerais, por Redação

Ibovespa engata alta após iniciar sem tendência, em dia de agenda escassa

O Ibovespa registra alta de 0,29%, atingindo 65.402 pontos na manhã desta terça-feira (3), após o início do pregão regular. Sem uma tendência definida ou indicadores relevantes para nortear a sessão, desde o pré-market o índice oscilou em torno da estabilidade.

Notícias Gerais, por Redação

IR: filho maior de 21, com faculdade trancada, pode ser considerado dependente?

De acordo com o artigo 35 da lei número 9.250, de 1995, um filho pode ser considerado dependente até os 24 anos de idade, desde que esteja cursando estabelecimento de ensino superior ou escola técnica de 2º grau.

Notícias Gerais, por Redação

BC: mercado espera inflação acima do centro da meta em 2013

O mercado espera aumento da inflação para 2013, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira no boletim Focus, que contém as previsões do setor para os indicadores macroeconômicos brasileiros.

Notícias Gerais, por Redação

Lucro do Bradesco cresce 14% e atinge R$ 11,19 bi em 2011

O Bradesco encerrou 2011 com lucro líquido ajustado de R$ 11,19 bilhões, o que representa um crescimento de 14,2% em relação ao resultado do ano anterior (R$ 9,804 bilhões).

Deixe seu Comentário:

=