Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 11/03/2013

74% dos pacientes estão abertos para consultas virtuais

Resultado do relatório da Cisco contradiz a ideia de que a interação face-a-face é sempre a preferida para a experiência do cuidado ; 3/4 dos pacientes se sentem à vontade para usar a tecnologia para interagir com o médico

Um relatório global da Cisco sobre a experiência de clientes da área de saúde (Cisco Customer Experience Report) revela que 74% dos consumidores dizem estar abertos ao atendimento médico virtual, percentual um pouco maior no Brasil, com 76%. Quando perguntados sobre a relação entre contato pessoal e qualidade da assistência médica, 84% dos consumidores no Brasil afirmaram estar mais preocupados com a qualidade da assistência do que com a presença física do médico na consulta.

O estudo analisou a opinião dos consumidores e tomadores de decisão de saúde (HCDM´s “health care decision makers”) de dez países, entre eles o Brasil. Os resultados demonstram que com o uso da tecnologia, a largura de banda e a integração em rede se tornando cada vez mais presente na rotina das pessoas, tanto o aspecto humano quanto o digital passaram a fazer parte da experiência de pacientes.

A pesquisa analisou a opinião de consumidores e profissionais do setor de saúde sobre o compartilhamento dos dados pessoais de pacientes, consultas médicas presenciais e comparou com atendimento remoto e o uso da tecnologia para fazer recomendações sobre a saúde individual. A opinião nestes tópicos foi bastante diferente nos dois grupos (consumidores e profissionais de saúde) e nas dez regiões geográficas analisadas.

O relatório revelou aumento do interesse no acesso à informação de saúde em dispositivos móveis. No Brasil, 42% dos consumidores procuram informações médicas via dispositivos móveis e 34% checam resultados de laboratório antes de ir a consultas médicas. Os consumidores do país também têm interesse em receber recomendações médicas via tecnologia: 76% dos entrevistados gostariam de receber mais indicações sobre saúde nos seus computadores ou dispositivos móveis (o maior índice de todos os países).

O relatório global realizado no início de 2013 analisou a resposta de 1.547 consumidores e profissionais de saúde dos EUA, Canadá, México, Brasil, Reino Unido, Alemanha, Rússia, China, Índia e Japão.

Privacidade e Serviço Pessoal

Em geral, os profissionais de saúde estão mais dispostos a compartilhar a informação pessoal e privada do que os pacientes e outros cidadãos. O grau com o qual todos os médicos, pacientes e cidadãos estão dispostos a compartilhar a informação pessoal de saúde e melhorar a qualidade do cuidado varia de acordo com a região geográfica.

Principais resultados

  • A maioria dos consumidores se sente à vontade em disponibilizar de forma segura na nuvem a informação de saúde , com exceção de consumidores da Alemanha e Japão.
  • Quase metade dos consumidores e 2/3 dos profissionais de saúde pesquisados se sentem à vontade para compartilhar e receber informação de saúde através de canais de mídia social.
  • A maioria dos consumidores da América do Norte – cerca de 80% – se sente à vontade em enviar o histórico médico completo e diagnósticos para que as operadoras de saúde tenham a informação disponível para tratá-los e oferecer o diagnóstico mais pessoal possível. Com relação à submeter a amostra de DNA para os médicos ou outros profissionais de saúde, 78% dos consumidores globais se sentem à vontade com esta ideia. Este índice no Brasil chega a 88%.
  • Embora cerca de metade dos profissionais de saúde acredite que a proteção dos dados seja adequada  à privacidade de informações de saúde e médicos em  seus países, menos da metade dos consumidores acredita que essa proteção  seja adequada. A grande diferença entre a opinião de consumidores e profissionais da saúde é encontrada no Brasil, onde aproximadamente 2/3 dos consumidores acham que a proteção é adequada, mas entre 8 e 10% dos profissionais de saúde  acham que não  é adequada. Nos EUA, cerca de 60% dos profissionais de saúde acreditam na proteção, mas apenas 40% dos consumidores concordam com esta opinião.

Principais resultados:

  • 3/4 (74%) dos consumidores indicam se sentir a vontade com a ideia de se comunicar com o médico usando a tecnologia ao invés de uma consulta presencial.
  • Na China, Rússia e México, quase 3/4 dos consumidores se sentem confortáveis de se comunicar com um especialista via tecnologia virtual (ex. bate-papo por vídeo e torpedos) para falar sobre sua condição médica.
  • Mais de 60% dos consumidores da Alemanha, Japão e EUA se sentem a vontade com a ideia de receber tratamento por um especialista através da tecnologia virtual.
  • Os pacientes e cidadãos estão dispostos a abrir mão de qualquer coisa, incluindo custo, conveniência e viagem para receber tratamento de um renomado provedor de saúde, tendo acesso ao cuidado e experiência de confiança.
  • No Brasil, os consumidores estão mais preocupados com a qualidade da assistência médica do que com o contato humano: 84% dos consumidores no Brasil dão mais importância à qualidade da assistência do que a presença física do médico na consulta. O Brasil se equipara apenas à Rússia neste aspecto.

Fonte: saudeweb.com.br


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