Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 02/08/2012

Acreditação de operadoras reduz custos

Cristina Martins e Amanda Netto, da Keyassociados, falam sobre o impacto das normas sobre a saúde suplementar e as exigências, cada vez maiores, dos clientes corporativos e individuais

No final do ano passado, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou a Resolução Normativa 277, que institui o Programa de Acreditação de Operadoras de Planos Privados de Assistência à Saúde. O objetivo do programa é aumentar a qualidade da prestação dos serviços por meio de critérios de avaliação que possibilitem a identificação e solução de problemas por parte das operadoras de planos de saúde com mais consistência, segurança e agilidade.

Na prática, quanto mais eficiente for a operadora, melhor poderá ser percebida a qualidade dos serviços prestados. Isso porque, além de incentivar a busca pela eficiência, a norma procura oferecer informação capaz de dar ao consumidor maior percepção em relação à qualidade de uma operadora de plano de saúde, na medida em que a qualidade dos serviços colocados à disposição pelas empresas será confrontada com padrões preestabelecidos.

Apesar de, neste ano, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) ter fixado em 7,93% (julho) o índice máximo de reajuste máximo dos planos de saúde médico-hospitalares individuais e familiares, a expectativa é que, a partir da regulamentação, em médio prazo, tenha impactos sobre o custo final dos convênios médicos pela redução dos valores cobrados. Essa tendência se deve, em primeiro lugar, porque está totalmente alinhada à diminuição do risco assistencial, graças ao estabelecimento do Programa de Gerenciamento de Doenças e Promoção da Saúde.

Além disso, porque a questão impacta no processo de constituição de garantias financeiras do setor. Segundo a legislação sobre o assunto, para cada beneficiário, a operadora precisa ter uma reserva financeira junto à ANS. Na medida em que serão minimizados os riscos de sinistros, esse valor de reserva deve diminuir. Ou seja, as operadoras terão de provisionar menos dinheiro para manter sua operação, o que abre espaço para reduzir os custos finais para os usuários.

Vale observar que, para as operadoras, a acreditação também proporciona outras diversas vantagens, como a sinergia com outros padrões de acreditação internacionais, tais como a Joint Commission e Acreditação ONA ou certificação para Sistemas de Gestão Integrada.

Diante desses benefícios, a expectativa é que haja uma exigência, por parte de grandes clientes corporativos de planos de saúde, de que as operadoras tenham esse tipo de acreditação para renovação ou fechamento de novos contratos. Desse modo, aos poucos todos os usuários de sistemas do tipo poderão ter acesso não só a planos melhores, como mais competitivos. Para garantir sua fatia nesse processo, a receita para as operadoras já está disponível.

Fonte: saudeweb


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