Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 03/08/2011

Ampliação de procedimentos obrigatórios pode prejudicar planos de saúde, alerta associação médica

A inclusão de mais 60 procedimentos médicos na cobertura obrigatória dos planos de saúde poderá prejudicar a situação financeira das operadoras, alertou a Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge).
 
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou hoje (2) a lista com cerca de 60 serviços que terão de ser oferecidos pelos planos de saúde a partir de janeiro de 2012.
 
“Segundo as operadoras de planos de saúde do segmento da medicina de grupo, trata-se de um absurdo que pode custar a falência de algumas operadoras, principalmente aquelas de pequeno e médio porte. O novo rol acarretará mais dificuldade para a sustentabilidade dessas operadoras, importantes na capilaridade do sistema em todo país. Além disso, o que preocupa é a falta de recursos técnicos e humanos – médicos e equipamentos de alto custo – para realizar esses novos procedimentos fora dos grandes centros”, diz a Abramge, em nota.
 
Quando a lista de serviços entrar em vigor, em 2012, a ANS vai monitorar as operadoras, para detectar possíveis reflexos financeiros. Caso isso venha a ocorrer, o custo adicional será incluído no reajuste posterior das mensalidades pagas pelos usuários, que é autorizado anualmente pela ANS.
 
De acordo com a agência, os novos serviços não devem trazer aumento de despesas às operadoras de planos de saúde, porque a maioria dos procedimentos autorizados é cirurgia em vídeo, feitas por câmeras especiais. Ainda segundo a ANS, a cirurgia em vídeo é menos invasiva do que o método tradicional e reduz o tempo de internação do paciente. Dos 60 novos procedimentos, 41 são cirurgias desse tipo.
 
Na última revisão da lista de serviços, feita em 2010, não foi identificado impacto financeiro para o setor, segundo a agência. Naquela ocasião, foram incluídos 80 procedimentos médicos. Em 2008, quando também houve uma atualização da lista, o impacto foi de 1,1%. A lista de cobertura obrigatória é revisada a cada dois anos pela ANS.
 
A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que representa 15 grupos de operadoras, informou, em nota, que os novos serviços serão rigorosamente cumpridos pelas empresas filiadas.
 
Fonte: www.saudeweb.com.br | 03.08.11

Posts relacionados

Saúde Empresarial, por Redação

Plano de saúde que negar cobertura deve se explicar por escrito

Regra que obriga apresentação de justificativa entra em vigor nesta terça. Pedido de explicação deverá ser feito pelo beneficiário.

Saúde Empresarial, por Redação

São Luís lidera ranking SUS entre capitais do Nordeste

São Luís recebeu a melhor nota entre as capitais nordestinas e está à frente de Brasília e do Rio de Janeiro no ranking do Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde (IDSUS), divulgado pelo Ministério da Saúde (www.saude.gov.br/idsus).

Saúde Empresarial, por Redação

Governo da Paraíba investe mais de R$ 24 milhões em hospitais

O Governo da Paraíba está investido este ano R$ 24, 8 milhões em reformas e ampliação de seis unidades de saúde, entre hospitais e maternidades, localizadas em várias regiões do Estado.

Saúde Empresarial, por Redação

O médico é o para-choque de uma saúde injusta para o cidadão

Presidente da Sbot fala das limitações para o exercício da medicina principalmente no que tange o ortopedista

Deixe seu Comentário:

=