Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 18/03/2011

Bolsas e mochilas devem ter até 10% do nosso peso, alerta ortopedista

Alexandre Fogaça, do HC, foi um dos convidados do Bem Estar desta 6ª (18).
José Rubens D’Elia deu dicas de exercícios para quem sente dor nas costas.

Todo estudante que carrega mochila com muito material escolar e toda mulher com bolsa pesada a tiracolo já sentiu ou vai sentir dor nas costas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% das pessoas têm ou terão esse problema ao longo da vida.

Para falar sobre o peso que suportamos diariamente, qual é o limite e o que fazer para aliviar esse desconforto, o Bem Estar desta sexta-feira (18) convidou o ortopedista Alexandre Fogaça, do Hospital das Clínicas, e o preparador físico José Rubens D’Elia, que também é consultor do programa e deu dicas de exercícios especialmente contra dor na coluna.

Nas ruas, o apresentador Fernando Rocha foi conferir quanto de peso as pessoas carregam, principalmente as mulheres, em mochilas, bolsas, pastas e sacolas. Roupa, carteira, guarda-chuva, livro, perfume, maquiagem e até sapato – tudo foi pesado em uma balança. E algumas não trocam a bolsa de lado: levam-na forçando sempre o mesmo ombro.

Segundo o ortopedista Olavo Letaif, se um indivíduo acha ou sente que está suportando uma carga acima do limite, já é um indício de que pode desenvolver uma dor nas costas. A regra é simples: um ser humano deve carregar até 10% do seu peso. Por exemplo, quem pesa 70 quilos pode ter até 7 quilos na bolsa.

E o ideal é distribuir melhor esse peso, com mochila de duas alças bem ajustadas ou um carrinho - mas muitos alegam que bolsas com rodinhas dificultariam a mobilidade nas ruas, calçadas e degraus. Mochilas usadas na região da coluna lombar (na altura do abdômen) podem causar um dano maior, segundo Letaif.

No estúdio, Alexandre Fogaça disse que os principais sinais de alerta da dor nas costas são: a que dura mais de três meses; ocorrida após um trauma; a que atrapalha o sono; a seguida de febre, perda de peso ou alteração da força e da sensibilidade nos braços e pernas; e a que acomete crianças ou idosos. Mas, de todas as dores, cerca 10% são graves. A maioria é benigna e passa em 2 ou 3 meses.

Os principais fatores para desconforto na coluna são: predisposição genética, má postura, falta de atividade física, excesso de peso, trabalho com trepidação (como motoristas de ônibus) e problemas psicológicos como estresse e mau relacionamento na empresa ou em casa.

Com o tempo, as dores podem se transformar em: desgaste da coluna, quebra de vértebras, escoliose (desvio para o lado) ou cifose (desvio para frente). Para dormir, de acordo com Fogaça, o colchão não deve ser muito duro nem muito mole. E o melhor jeito de deitar é de lado ou de barriga para cima.

Fonte: g1.globo.com/bemestar | 18.03.11


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