Publicado por Redação em Notícias Gerais - 06/10/2011

Bovespa sobe 2,50% com onda de otimismo global

Os investidores novamente se entusiasmaram com a possibilidade com o novo plano de salvamento da União Europeia, o que fez as Bolsas europeias e americanas, e também a brasileira Bovespa, subirem com força.

Esse otimismo, no entanto, será posto à prova amanhã: o governo dos EUA divulga nesta sexta o fundamental "payroll" (criação de empregos e taxa de desocupação) enquanto a Itália, outra economia europeia fragilizada, faz um leilão de títulos públicos.

O índice Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, avançou 2,50% no fechamento, batendo os 52.290 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,2 bilhões.

O dólar comercial foi negociado por R$ 1,786, em queda de 2,51%.

As Bolsas europeias encerraram os negócios tendo ganhos de 3,70% (Londres), 3,41% (Paris) e 3,14% (Frankfurt).

Nos EUA, a Bolsa de Nova York avançou 1,68%.

A possibilidade de uma ação coordenada dos governos europeus para salvaguardar o setor bancário alimentou as esperanças de investidores e analistas a respeito de um desfecho mais positivo para a crise no Velho Continente.

"Propomos aos Estados membros [da União Europeia] uma ação coordenada para recapitalizar os bancos, e eliminar os ativos podres que possam ter", disse o presidente da Comissão Europeia (o braço executivo da UE, José Manuel Durão Barroso, numa declaração bem recebida pelos mercados.

O sistema bancário local está sob forte suspeição, já que muitas instituições financeiras do Velho Continente têm capital aplicado em títulos soberanos (emitidos pelos países para captar dinheiro), inclusive de países em situação bastante delicada, a exemplo da Grécia, um dos fortes candidatos a anunciar um 'default' (suspensão de pagamentos) no curto prazo.

Também foi visto com alívio a operação da Espanha, que vendeu quase 5 bilhões em euros em títulos: os juros pedidos pelos compradores ficaram abaixo das expectativas, e a demanda (quase 9 bilhões) foi bem superior à oferta original. Com 20% da taxa de desemprego, a Espanha é outro país com severas dificuldades financeiras.

E chamou a atenção dos analistas a iniciativa do Banco da Inglaterra, que pretende injetar 75 bilhões de libras (cerca de US$ 116 bilhões) no setor financeiro, de modo a reestimular a economia, reativando um programa suspenso desde o início de 2010.

"Se amanhã outros bancos centrais seguirem esse exemplo, nós poderemos ter perspectivas um pouco melhores [para a Europa]", comentou Antonio Cesar Amarante, analista da corretora Senso.

Amarante vê chances de recuperação da Bolsa no curto prazo, caso o índice Ibovespa continue a oscilar acima da marca dos 50 mil e 52 mil pontos. Para os analistas técnicos (que baseiam suas projeções em gráficos), se confirmado esse cenário, o índice poderia retomar os 58 mil pontos em pouco tempo.

Mas no cenário pessimista, caso volte a oscilar abaixo dos 50 mil pontos, no entanto, o índice poderia derreter até os 48 mil pontos, o "piso" deste ano (testado em agosto).

Fonte: www1.folha.uol.com.br | 06.10.11
 


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Número de calotes tem quarta queda seguida, e recua 11% no ano, mostra Serasa

O índice de calotes de consumidores no Brasil apurado pela empresa de dados de créditos Serasa Experian recuou 2,8%

Notícias Gerais, por Redação

Crédito deve ter expansão de 15,6% em 2013, aponta Febraban

Levantamento divulgado nesta sexta-feira pela Federação Brasileira de bancos (Febraban) apontou que o crescimento do crédito deve ser de 15,6% em 2013. A pesquisa, realizada com 29 instituições financeiras, apontou ainda que para 2014 a alta deve ser de 15,6%.

Notícias Gerais, por Redação

Governo toma nova medida para frear valorização do real ante dólar

Decreto publicado nesta segunda-feira no Diário Oficial da União eleva de três para cinco anos a cobrança de 6% do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)

Notícias Gerais, por Redação

Trabalhador jovem de baixa renda é o que mais pede dinheiro emprestado nos bancos

Os jovens trabalhadores de baixa renda, com baixa qualificação profissional e que atua tanto com carteira assinada como na informalidade são os que mais pedem crédito e compram produtos e serviços dos bancos, segundo uma pesquisa divulgada pela Serasa Experian nesta terça-feira (3).

Deixe seu Comentário:

=