Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 24/03/2011

Brasil encolhe 4,4% em pesquisa clínica

País é o 13 no ranking de atividades nessa área. Segundo o PhD em biomedicinaCe, Fabio Thiers, esta é a hora de avançar nos clínicos
 
Fabio Thiers: pesquisa clínica não é um aspecto periférico para a economia do Brasil

Apesar do Brasil ser a sétima maior economia do mundo e almejar ser a quinta até 2020, as pesquisas clínicas ainda engatinham no País quando comparada a outras nações . No últimos quatro anos, a taxa média de crescimento de estudos nessa área caiu 4,4%.

Os motivos não são claros. Segundo o CEO do Instituto de Pesquisa VIS e PhD em tecnologias biomédicas (Harvard e MTI), Fabio Thiers, uma das razões prováveis seria o menor índice de crescimento econômico em relação à China e Índia - regiões com grandes avanços em pesquisas clínicas.

Os Estados Unidos lideram o ranking com 94,9 mil centros de estudos na área - o que representa 42% da força de pesquisas no mundo. Em segundo lugar está a Alemanha, com 13,252 mil centros ( 5.9%), seguida da França. Na 13. posição aparece o Brasil com 3,317 mil unidades de estudos, equivalente a 1,5% das pesquisas mundiais

A China aparece em 18. lugar e a Índia em 11. Até 2005 tais nações não figuravam na lista de atividades clínicas.
Cerca de US$ 70 bilhões são investidos por ano nesse ramo da medicina. No entanto, segundo Thiers, as informações clínicas ainda são muitos espersas e desorganizadas no mundo.

Cenário no Brasil

De acordo com o executivo, o governo brasileiro juntamente com a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) têm reconhecido a importância de entender o funcionamento de uma droga no corpo humano.

A rede nacional de pesquisas clínicas no Brasil conta com 32 hospitais públicos efetivamente como, por exemplo, o Hospital das Clínicas de São Paulo e Escola Paulista de Medicina. Entretanto, o Instituto VIS está mapeando mais 320 outras entidades com algum tipo de iniciativa na área. Para se ter uma ideia, o Estado da Flórida, nos Estados Unidos, possui 1500 instituições envolvidas nesse tipo de pesquisa.

Para Thiers, o Brasil possui condições favoráveis para se desenvolver no segmento devido à adequação de seus centros médicos e ao grande interesse privado na área biomédica.

"É importante perceber que isso não é um aspecto periférico para a economia do País. É um trabalho de extrema importância, com impactos poderosos", afirmou.

Dentre os benefícios por ele listados estão: adesão dos profissionais de saúde às boas práticas clínicas, aumento de produtividade científica, desenvolvimento dos cientistas brasileiros de dentro para fora do País, transferência de tecnologia e know how, acesso da população à medicina de padrão internacional, entre outros. Além dos macroeconômicos como criação de empregos, exportação de tecnologias e diminuição do défict da balança comercial em produtos biomédicos que, atualmente, está em US$ 10 bilhões anuais.

Para explorar inúmeros benefícios é preciso também uma série de adequações, segundo Thiers, o fortalecimento e a agilização do sistema regulatório é um dos mais urgentes. A aprovação dos estudos em países como Estados Unidos e Canadá, por exemplo, demoram em média de 30 a 60 dias. Já no brasil, isso pode chegar a um ano.
 
Fonte: www.saudebusinessweb.com.br | 24.03.11


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