Publicado por Redação em Notícias Gerais - 04/09/2013

Brasil evita fim do protecionismo

A delegação brasileira, ao lado da argentina, impediu nesta quarta-feira (04) que os negociadores do G20 aprovassem texto adiando para 2016 o fim da chamada "cláusula stand-by", pela qual as principais economias do planeta se comprometem a não adotar novas medidas protecionistas e a eventualmente suspender as que foram introduzidas na esteira da crise econômica de 2008/09.

A cláusula constou da primeira cúpula do G20, em 2008, e foi repetida nas seis cúpulas seguintes. Mas, agora, na oitava cúpula, brasileiros e argentinos se recusaram a aceitar nova prorrogação.

Negociadores de outros países estranharam a posição brasileira, justo no momento em que um brasileiro, Roberto Azevêdo, assume a direção-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), entidade dedicada a entronizar o livro comércio no planeta.

A resistência brasileira foi assim explicada: a cláusula fazia sentido em 2008, quando ainda se apostava na conclusão da Rodada Doha de liberalização comercial. Se a rodada de fato terminasse, os mecanismos protecionistas seriam, em tese, automaticamente desmantelados.

Então, era preciso evitar novas barreiras conjunturais, no momento em que a recessão da época tornava as tendências protecionistas mais evidentes e mais fortes.

Agora que Doha é dada como virtualmente morta, não faria mais sentido impedir que cada país use os instrumentos que considerar necessários para defender sua economia.

O que torna o argumento mais curioso é que o Brasil, em vez de recorrer ao protecionismo, derrubou tarifas de importação, mas o veto agora indicaria que um certo ânimo protecionista permanece latente no governo.

Fonte: Folha SP


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Quase 90 milhões dos cartões de crédito do Brasil são das mulheres

As mulheres brasileiras detêm 84,6 milhões dos cartões de crédito existentes no País.

Notícias Gerais, por Redação

Inflação semanal acelera alta em 6 de 7 capitais, diz FGV

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-S) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que mede a inflação semanal, registrou variação de 0,93%, 0,14 ponto percentual acima da taxa divulgada na última apuração, segundo dados divulgados nesta terça-feira.

Notícias Gerais, por Redação

Dilma cita construção civil como forma de estimular economia

A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta segunda-feira (5) o investimento na área da construção civil para estimular a economia do país num momento de crise internacional.

Notícias Gerais, por Redação

Novo IPI para carros favorece México e Argentina

Anunciadas como protecionistas, as medidas do governo para tentar estancar o avanço das importações de veículos não deve, ao menos a curto prazo, elevar a produção nacional de carros, informa reportagem de Felipe Nóbrega.

Deixe seu Comentário:

=