Publicado por Redação em Notícias Gerais - 19/03/2014

Cai a intenção de consumo das famílias brasileiras

Enquanto o comércio acredita que as vendas no país vão desacelerar, o presidente do Banco Central Alexandre Tombini acredita que o crédito cresce em torno de 13% em 2014.
 
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou ontem o Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) e houve um recuo de 3,3% em março na comparação com fevereiro – 125,5 pontos.
 
Já na comparação com março de 2013, houve queda de 5,1% – mais forte do que a retração de 4,2% registrada em fevereiro. Nessa base de comparação, o último resultado positivo foi em dezembro de 2012. “Alta mais forte do nível de preços no mês, manutenção de um elevado nível de endividamento e crédito mais caro mantiveram a intenção de consumo em um ritmo inferior”, explicou a CNC em nota. O relatório ressalta, porém, que o índice mantém-se acima da zona de indiferença (100,0 pontos), “indicando um nível favorável”.
 
A CNC reviu a projeção de crescimento das vendas no varejo de “em torno” de 5,0% para 5,5% no ano de 2013.
 
Todos os componentes do ICF apresentaram queda. “Mesmo estando ainda em um patamar favorável, os índices relacionados ao emprego e à renda também refletiram um menor otimismo das famílias com o mercado de trabalho”, aponta.
 
Os motivos citados como causas da queda do ICF na comparação anual são os mesmos vistos no quadro mensal: inflação, endividamento e maior custo de crédito para o consumidor.
 
A queda mensal do ICF foi puxada pelas famílias de menor renda. A intenção de consumo das famílias com renda abaixo de dez salários mínimos recuou 3,5% ante fevereiro.
 
As famílias com renda acima de dez salários mínimos também apresentaram retração (–2,4%). O índice das famílias mais ricas encontra-se em 129,9 pontos, e o das demais, em 124,7 pontos, segundo o relatório da CNC.
 
Tombini. Já o presidente do Banco Central Alexandre Tombini, que participou ontem da audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, afirmou que a expectativa da autoridade monetária é que o crédito cresça em torno de 13% este ano, o que para ele significa um ritmo de expansão considerado bem sustentável.
 
“O estoque do crédito imobiliário ainda é baixo comparado a economia internacionais e o crescimento nesse segmento deve ser robusto”, completou o presidente do Banco Central.
 
 
Fonte: O Tempo - BH - Contagem/MG - ECONOMIA


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