Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 24/02/2011

Cientistas criam 1º modelo celular para estudar envelhecimento

DA EFE
Cientistas dos EUA e Espanha desenvolveram um modelo celular para estudo em laboratório do envelhecimento humano após rejuvenescer o núcleo das células de pacientes com uma síndrome muito rara de envelhecimento precoce, cuja média de vida é de 15 anos.
 
A pesquisa, publicada na última edição da revista "Nature", favorecerá a busca de compostos químicos para alterar o processo do envelhecimento humano, assim como uma maior compreensão das doenças cardiovasculares.
 
Também pode dar esperanças de cura no futuro aos doentes com a síndrome de envelhecimento prematuro Hutchinson-Gilford.
 
A extrema complexidade do processo de envelhecimento e suas patologias associadas sempre significaram barreiras para o estudo, que agora podem começar a ser derrubadas.
 
Os afetados com a raríssima síndrome de Hutchinson-Gilford, cerca de cem casos conhecidos no mundo, sofrem na infância patologias associadas à velhice como a arteriosclerose, trombose e ataques cardíacos.
 
Os sintomas principais desta doença causada por um defeito genético que produz o acúmulo de uma proteína, a progeria, causadora da aceleração do envelhecimento, são baixa estatura, alopecia, ausência de gordura subcutânea, osteoporose e rigidez articular.
 
IN VITRO
 
Trata-se da primeira vez que os cientistas conseguem desenvolver um modelo celular humano in vitro para estudar o envelhecimento, explicou à agência de notícias Efe o diretor do estudo, Juan Carlos Izpisúa, diretor do Centro de Medicina Regenerativa de Barcelona (CMRB) e responsável pelo laboratório de expressão genética do Instituto Salk (EUA).
 
Os cientistas geraram com sucesso células-tronco pluripotentes induzidas (iPS) a partir de fibroblastos (células do tecido conjuntivo) de pacientes com esta síndrome.
 
A pesquisa conseguiu a regressão de células doentes destes pacientes para um estado embrionário, com a supressão reversível do gene da progeria por reprogramação, e sua posterior reativação durante a diferenciação celular.
 
Foi possível "um modelo único" para estudar patologias humanas associadas ao envelhecimento prematuro, com a vantagem de que as células reprogramadas se diferenciam em um prazo relativamente curto (duas semanas), em contraste com as décadas que dura o envelhecimento normal.
 
Este modelo "in vitro" de células iPS se baseia na identificação de novos marcadores de envelhecimento e vários aspectos da velhice prematura e fisiológica em humanos.
 
A geração de células iPS em pacientes com progeria facilitará o conhecimento de doenças cardiovasculares, que são as que causam mais mortes nas sociedades desenvolvidas.
 
Além disso, o estudo dá esperanças para o desenvolvimento no futuro de tratamentos para crianças com a síndrome de Hutchinson-Gilford como, por exemplo, o possível transplante de células pluripotentes induzidas saudáveis.
 
Fonte: www1.folha.uol.com.br | 24.02.11

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