Publicado por Redação em Notícias Gerais - 08/12/2014

Como enfrentar um 2015 de aperto econômico


 Assim como 2014, o ano de 2015 tende a ser de inflação alta, juros altos, desvalorização do real e baixo crescimento da economia brasileira. De acordo com economistas consultados pelo BancoCentral, a expectativa é de que o próximo ano termine com inflação de 6,49% (IPCA), taxa básica de juros (Selic) em 12%, dólar a R$ 2,67 e crescimento do PIB em 0,77%. Esse cenário que é um prato cheio para afetar negativamente a geração de emprego e contribuir para o aumento dainadimplência do consumidor.
 
 
Como o cenário econômico não é animador no próximo ano, a cautela deve ser a palavra de ordem para manter as finanças pessoais equilibradas. Então, a orientação é começar desde já, pois parte das dívidas a serem quitadas em 2015 são contraídas ainda durante as compras de final de ano, ressalta o economista e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Rio de Janeiro, Luís Carlos Ewald, autor do livro Sobrou Dinheiro - Lições de Economia Doméstica.
 
 
Além disso, é preciso lembrar que janeiro é mês de pagar impostos, como IPTU e IPVA, além de outros custos, como matrícula e material escolar. Para não se endividar, a regra básica é não gastar mais do que o que ganha. É preciso ter cuidado com as compras neste final de ano, porque, com crescimento baixo da economia e inflação alta, teremos desemprego e arrocho pela frente, diz Ewald.
 
 
Caso uma compra seja inadiável, a professora do curso de economia domestica da Universidade Federal do Cerará (UFC), Helena Selma Azevedo, diz que, em vez de usar o cartão de crédito ou cheque especial, uma opção é retirar o valor correspondente da poupança para fazer a compra à vista. Mas apenas se o estabelecimento oferecer desconto, ela ressalta. Se o desconto for de 5% a 10%, o que é comum, vale a pena tirar o dinheiro e fazer a compra, já que a poupança não vai dar esse rendimento.
 
 
Para se proteger da inflação, Azevedo recomenda fazer compras em maior quantidade de produtos duráveis. Além de se defender do aumento dos preços, ao comprar em grande quantidade, é mais fácil obter descontos, ela diz. Azevedo ressalta, porém, que não se deve comprar alimentos ou medicamentos a prazo. E que, na hora de parcelar uma compra, é preciso optar pelo menos número de parcelas, de preferência se não houver cobrança de juros.
 
 
Desejo de compra
 
Para o coordenador do MBA em Gestão Financeira da FGV, Ricardo Teixeira, o momento é de cautela e de estabelecer prioridades. O País vai passar por um ajuste, ele diz. O momento agora é de comprar o que é necessário, e de forma planejada. A inflação acontece muito, dentre outros fatores, pelo desejo das pessoas em adquirir um produto a qualquer preço.
 
 
NÚMEROS
 
 
6,49%
 
é quanto economistas estimam a inflação para o final de 2015
 
 
12%
 
é a expectativa de especialistas para a taxa básica de juros para 2015
 
 
0,77%
 
deve ser o crescimento da economia em 2015, segundo economistas

Fonte: www.aserc.org.br


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

ACSP: consumidores de São Paulo preferem pagar à vista

A quantidade de consumidores que comprou à vista na cidade de São Paulo aumentou 5,3% em maio deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o indicador de consultas que mede as vendas nesta modalidade,

Notícias Gerais, por Redação

Bovespa: saldo é positivo em R$ 770 mi na 1ª semana do ano

A Bovespa registrou a entrada líquida de R$ 770,983 milhões em recursos de investidores estrangeiros na primeira semana do ano. No período, esses investidores movimentaram R$ 9,520 bilhões em compras e R$ 8,749 bilhões em vendas.

Notícias Gerais, por Redação

América Latina entra em clima de declínio econômico, diz FGV

Uma piora das avaliações a respeito da situação atual da economia e das expectativas futuras fez o Índice de Clima Econômico (ICE) da América Latina recuar de 5,6 para 4,4 pontos entre julho e outubro deste ano, segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV) em parceria com o Instituto Ifo.

Deixe seu Comentário:

=