Publicado por Redação em Previdência Corporate - 02/03/2012

Deficit na Previdência soma R$ 3 bi

A arrecadação líquida da Previdência Social em janeiro superou as expectativas e atingiu R$ 19,6 bilhões. Isso significa que a receita foi 8,4% maior em relação a janeiro de 2011. A diferença é de R$ 1,5 bilhão na comparação. Com despesas do ministério de R$ 22,6 bilhões – aumento de 6,3% entre janeiro de 2010 e 2011, resultando em R$ 1,3 bilhão a mais – o deficit atingiu a marca de R$ 3 bilhões em 30 dias.

Porém, o resultado significa recuo de 5,8% ante o saldo negativo de janeiro do ano passado.

No acumulado de 12 meses, foi registrada arrecadação líquida de R$ 254 bilhões. A despesa com benefícios somou R$ 290,5 bilhões, gerando rombo de R$ 36,5 bilhões a serem financiados pela Pasta.

Segundo o ministério, a melhora nas contas da seguridade é resultado do crescimento do mercado de trabalho formal.

O ministro Garibaldi Alves Filho acrescentou que o balanço é sustentado por mais dois fatores: crescimento econômico acima da média internacional e redução da sonegação.

Considerando a previdência urbana – que normalmente registra superavit no fechamento das contas, tanto mensais quanto anuais – o saldo entre receitas e despesas no País atingiu R$ 1,8 bilhão.

Se comparado a janeiro de 2011, o crescimento no valor urbano foi de 60,5%.

Desde 2001 não havia sido marcado montante dessa magnitude, informou a Pasta. A arrecadação líquida foi de R$ 19,2 bilhões, com R$ 17,4 bilhões em pagamentos. O resultado também considera concessões via sentenças judiciais e a Comprev (Compensação Previdenciária) entre o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e os RGPSs (Regimes Próprios de Previdência Social) dos Estados e municípios.

Em um ano, o setor urbano acumulou saldo de R$ 21,6 bilhões – arrecadou R$ 248,5 bilhões versus gastos de R$ 226,9 bilhões.

Por sua vez, a previdência rural – vilã das contas e geradora de saldos negativos há anos – arrecadou R$ 387,1 milhões, recuo de 2% na comparação anual (de R$ 395,2 milhões).

Por outro lado, as despesas comprometeram a área rural em R$ 5,2 bilhões – o que gerou deficit de R$ 4,8 bilhões em janeiro (saldo negativo 11,2% maior na comparação com janeiro de 2011, quando as despesas totais somaram R$ 4,7 bilhões).

No acumulado de 12 meses, a previdência rural arrecadou R$ 5,5 bilhões, mas pagou R$ 63,6 bilhões – mais de 11 vezes o montante arrecadado pela área.

Ainda que o resultado tenha ficado no vermelho, acabou por superar as expectativas da Pasta, que esperava deficit maior em função do reajuste de 14,13% no salário-mínimo, que ampliou o saldo negativo da previdência rural, cuja quase totalidade de beneficiários é atrelada ao piso. “O aumento no superavit urbano compensou esse maior deficit do rural”, avaliou o secretário de políticas de Previdência Social, Leonardo Rolim.

BENEFÍCIOS - Em janeiro a Previdência pagou 29,071 milhões de benefícios, sendo 25,189 milhões previdenciários e acidentários e, os demais, assistenciais. Houve elevação de 3,2% em relação a janeiro de 2011. As aposentadorias somaram 16,343 milhões de benefícios. E 67% desses benefícios se pautam no piso (o que representa 19,6 milhões de pessoas).

As sete cidades computaram em janeiro 464 mil beneficiários do INSS.

Fonte: dgabc


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