Publicado por Redação em Dental - 28/10/2013

Diabetes atinge 317 milhões de pessoas em todo o mundo. Veja relação com perda dental.

Dados da International Diabetes Federation (IFD) mostram que existem 371 milhões de portadores de diabetes no mundo. Desse total, 13,4 milhões estão no Brasil, e a cada 30 segundos uma pessoa tem um membro inferior amputado por conta da doença. A IFD aponta ainda que 50% das pessoas com diabetes desconhecem ser portadoras. Na América do Sul em especial, essa estimativa é de cerca de 45%. Trazendo para a Odontologia, segundo estudo publicado no The Journal of the Dental Association, um em cada cinco casos de perda de dentes nos Estados Unidos está relacionada ao diabetes. Fora que a doença pode afetar e agravar as inflamações na cavidade bucal. Para que o paciente não apresente esses e outros problemas é preciso que o cirurgião-dentista adote uma nova postura frente ao diabetes, que tem crescido a cada ano no mundo todo.

O tema foi discutido no workshop Diabetes: o Cuidado Começa pela Boca, promovido pela Johnson & Johnson na capital paulista, que contou com a presença de Alexandre Fraige, doutor em Odontologia pela Universidade de São Paulo (USP) e diretor do Departamento de Odontologia da Associação Nacional de Assistência ao Diabético (Anad); Abner Lobão, diretor do Johnson & Johnson Medical Innovation Institute; e José Eduardo Pelino, cirurgião-dentista e gerente de assuntos profissionais e científicos da J&J no Brasil. “Discutir o assunto é importante nos dias de hoje, quando o diabetes tipo 2 afeta mais de 371 milhões de pessoas. O Brasil já está entre os 10 países com mais diabéticos”, alertou Fraige.

Saúde bucal e diabetes
A correta higiene bucal deve fazer parte da rotina diária de todos, mas para os portadores de diabetes, os cuidados com a saúde bucal são ainda mais importantes. O motivo, que muitos pacientes desconhecem, é que a enfermidade favorece o desenvolvimento de cárie e doenças periodontais, problemas causados pelo acúmulo de placa bacteriana na superfície dos dentes. “É comum o portador da doença ter acompanhamento de um cardiologista, pois a doença pode ser descoberta após eventos cardíacos. Mas, além do endocrinologista, o cirurgião-dentista também deve fazer parte do quadro de especialistas que tratam e orientam quem tem diabetes”, alertou Alexandre Fraige. Entre as doenças bucais mais comuns em pacientes com a doença estão gengivite, periodontite, halitose e xerostomia.

O cirurgião-dentista deve aconselhar o paciente para que ele saiba que a falta de uma correta higiene oral pode agravar o diabetes, já que, como qualquer outra infecção, as doenças periodontais dificultam o controle da glicemia. Ao mesmo tempo, ainda há mais uma complicação: o diabetes pode afetar e agravar as inflamações na cavidade bucal. Uma boa avaliação pode ser uma maneira de chegar ao diagnóstico, já que ajuda a detectar alguns sintomas. “O dentista é um profissional importante nesse tratamento. É comum os portadores de diabetes apresentarem infecções gengivais e oportunistas e isso pode ter uma difícil resolução. Não é que seja de maior incidência, mas são mais graves, por isso, o paciente deve ir ao consultório odontológico a cada quatro meses. É primordial que o paciente informe que tem a doença”, explicou Abner Lobão. “A higiene bucal deve começar em casa, por meio dos três passos básicos: escovação, uso do fio dental e do enxaguatório. Esse é o primeiro passo para evitar complicações”, complementou Fraige.

Fonte: http://www.jornaldosite.com.br (Antonio Júnior – Edita/SP)


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