Publicado por Redação em Notícias Gerais - 31/10/2011

Dólar fecha a R$ 1,70 e recua quase 10% em outubro

A taxa de câmbio doméstica sofreu o seu maior tombo mensal (9,46%) em mais de oito anos, ainda sem anular a disparada (18%) vista no mês anterior. Desde o início deste ano, o preço da divisa americana subiu apenas 2,28%.

Entre agosto e setembro, a sucessão de um "rebaixamento" da avaliação de risco dos EUA, e a deterioração das expectativas a respeito da crise europeia aumentou a aversão ao risco dos investidores. E em um cenário como esse, os grandes agentes financeiros tipicamente correm para ativos mais "tranquilizadores", como o ouro e o dólar --moeda pelo qual se aplica nos ativos financeiros mais seguros do planeta: os títulos do Tesouro americano.

Hoje, o dólar comercial teve um repique moderado, mas ainda encerrou o expediente abaixo da taxa média (R$ 1,7) deste mês: R$ 1,704, o que representa um aumento de 1,18% sobre a taxa final de sexta-feira.

Para turistas e viajantes, o dólar foi vendido por R$ 1,800 (estável) e comprado por R$ 1,630 nas casas de câmbio paulistas.

Ainda operando, a Bovespa registra perdas de 1,42%, aos 58.668 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,99 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cai 1,38%.

Após o alívio com o anúncio do plano anticrise europeu na semana passada, investidores, analistas e demais participantes dos mercados financeiros vão querer conferir os "detalhes": como o sistema bancário vai viabilizar as novas exigências de capital para operar, e como será feito o reforço do fundo de estabilidade financeiro, "ferramenta" estratégica para ajudar os países mais problemáticos da região.

Desde a semana passada, a Itália tem obtido destaque cada vez maior, principalmente depois que grandes compradores de títulos públicos exigiram juros recordes para tomar os papéis oferecidos pelo governo desse país.

Hoje, a Bolsa italiana amargou perdas de 3,8%, com um receio renovado sobre a trajetória da dívida e a capacidade do Executivo em levar adiante os ajustes fiscais considerados necessários.

No front doméstico, o boletim Focus mostrou que boa parte dos economistas do setor financeiro revisou novamente para baixo suas projeções para a inflação: a taxa prevista para 2012 caiu de 5,60% para 5,59%. Para esse ano, a estimativa do PIB também foi ajustamente ligeiramente para baixo: em vez de um crescimento de 3,30%, a mediana das projeções aponta uma alta de 3,29%.

A previsão para a taxa de câmbio no final deste ano foi mantida em R$ 1,75, pela terceira semana consecutiva. Para dezembro de 2012, também foi mantido o mesmo valor.

JUROS FUTUROS

As taxas projetadas no mercado de juros futuros da BM&F caíram no pregão de hoje.

Para janeiro de 2012, a taxa prevista retrocedeu de 11,12% para 11,11% ao ano para 11,11%. Para janeiro de 2013, a taxa prevista caiu de 10,33% para 10,29%. Esses números são preliminares e ainda estão sujeitos a ajustes.

Fonte: www1.folha.uol.com.br | 30.10.11


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Banco Central baixa para 0,2% previsão de alta do PIB neste ano

Para o mercado, expansão será de 0,13% e, para o governo, de 0,5%. BC vê IPCA em 6,4% em 2014, ao redor de 6% em 2015 e de 5% em 2016.

Notícias Gerais, por Redação

Tesouro por pechincha, diz revista alemã sobre leilão do pré-sal

O leilão da concessão do campo de Libra recebeu ampla cobertura na imprensa internacional, com visões elogiosas e outras críticas ao resultado.

Notícias Gerais, por Redação

Como aplicar o dinheiro extra

Na semana passada foram liberados o primeiro lote de restituição do imposto de renda e a primeira parcela do 13° salário para os servidores públicos estaduais. Economistas dão dicas de como aproveitar essa renda extra

Notícias Gerais, por Redação

MetLife vai abrir uma unidade de gestão

A Metlife disse ontem que implementará uma unidade de negócio de gestão de ativos para investidores externos com foco em investimentos em ações do mercado imobiliário, hipotecas comerciais e colocação privada de dívida.

Notícias Gerais, por Redação

Ibovespa Futuro tem forte alta de olho em agenda dos EUA e notícias europeias

Os contratos com vencimento em junho do Ibovespa Futuro sobem 1,03% nesta quarta-feira (9), sendo negociados aos 60.680 pontos, com investidores aguardando dados sobre a economia norte-americana e de olho em notícias um pouco mais positivas sobre a Europa.

Deixe seu Comentário:

=