Publicado por Redação em Notícias Gerais - 20/09/2011

Dólar fecha a R$ 1,79, novo patamar recorde do ano; Bolsa cai 1%

O dólar comercial oscilou entre R$ 1,803 e R$ 1,768 na sessão desta terça-feira, sendo negociado por R$ 1,794 nas últimas operações --um aumento de 0,78% em relação ao fechamento de ontem.

Trata-se de mais patamar inédito para o preço da divisa americana neste ano: desde 1º de julho de 2010 o mercado de câmbio doméstico não fixava uma taxa de encerramento desse nível.

A cotação do dólar já ascendeu 16,7% desde o final de julho, quando o dólar bateu seu ponto mais baixo deste ano. E em 2011, o valor dessa moeda já acumula valorização de 7,7%.

O dólar turismo, por sua vez, foi vendido por R$ 1,920 (alta de 0,52%) e comprado por R$ 1,730 nas casas de câmbio paulistas.

Ainda operando, a Bovespa recua 1,08%, aos 56.497 pontos. O giro financeiro é de R$ 5,70 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York tem alta de 0,16%.

O relativo otimismo vigente nas Bolsas de Valores dos EUA e da Europa não contagiou o segmento de câmbio, que somente neste mês subiu em 12 dos 13 dias úteis contabilizados até hoje.

Há insegurança de sobra a respeito do futuro imediato da Grécia, que é, na visão de muitos economistas, o mais sério candidato na Europa a anunciar um "default" no curto prazo.

Hoje, o que ajudou a conter a queda livre das Bolsas foi a expectativa de que o Federal Reserve (banco central dos EUA) pode anunciar amanhã novas medidas para estimular a maior economia do planeta. Também existem expectativas de que as autoridades europeias e a Grécia cheguem ainda nesta semana a algum acordo que evite o "pior cenário" para o país mediterrâneo.

Por enquanto, apesar de sessões mais voláteis do que outras, esse é o cenário básico que ainda predomina entre analistas do setor financeiro.

"Não há, no nosso entendimento, fundamentos críveis que possam levar o real a uma depreciação expressiva, e, dentro do conceito flutuante, deve ter a curva apontando para um preço no intervalo de R$ 1,60 a R$ 1,65 ao final do ano", afirma o economista e diretor da NGO Corretora, Sidnei Nehme, em seu boletim diário sobre o mercado de câmbio.

Para esse profissional, a escalada recente das taxas de câmbio também reflete os negócios no mercado da BM&F, onde grandes agentes financeiros ainda procedem a ajustes de posições frente ao novo cenário de juros em baixa e dólar em alta.

Hoje, o banco americano Merryl Lynch divulgou relatório onde projeta uma taxa básica de juros em 10,50% ao ano para 2012 --hoje é de 12%-- e uma taxa média de câmbio de R$ 1,80 (ante R$ 1,65 nesta ano) para o mesmo período.

Fonte: www1.folha.uol.com.br | 20.09.11
 


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