Publicado por Redação em Notícias Gerais - 16/08/2012

Economia brasileira é favorável, mas ainda ineficiente, dizem executivos

O Brasil apresenta um quadro macroeconômico favorável, com redução de juros reais e um nível de desigualdade social em processo de redução. Entretanto, o país ainda se mostra ineficiente em termos de competitividade, com problemas de custos e tributação, concluíram representes da indústria, empresas e do setor bancário em seminário realizado nesta quinta-feira (16) em São Paulo.

"O Brasil está muito à frente dos outros países da América Latina, mas muito aquém dos países desenvolvidos", afirmou o presidente do Banco Interamericano de Desenvovimento (BID), Luis Alberto Moreno.

De acordo com ele, o quadro macroeconômico brasileiro "é digno de fazer inveja a qualquer economia avançada", sendo o aspecto mais emblemático a redução do juro real.

"O Banco Central foi duramente questionado no passado quando começou a ciclo de redução de juros, mas foi um gol de placa."

O ex-presidente do Banco Central e presidente do Conselho de Administração da J&F, Henrique Meirelles, acredita que o declínio da taxa de juros, atualmente em 8 por cento ao ano, faz com que o Tesouro tenha mais espaço para "manobras" nos próximos anos.

"O nível da dívida está caindo, temos um posicionamento muito forte", observou.

Brasil x México

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, afirmou que um grande problema brasileiro é a ausência de uma estratégia de longo prazo. "Estamos avançando, mas talvez não com a velocidade que a gente gostaria."

Andrade não acredita que o México poderia desbancar o Brasil como maior economia da América Latina. "O Brasil tem muitas vantagens econômicas e competitivas... Vemos o Brasil pior do que o mundo nos vê. A gente está em um momento bom, mas pode ser extraordinariamente bom."

O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Mauro Borges, concorda. "A posição do Brasil no mundo é mais vantajosa que a do México... É uma posição macroeconômica claramente superior", afirmou.

"A opção mexicana é por uma indústria montadora e a do Brasil é manufatureira."

No início de agosto, pesquisa de economistas do banco de investimento japonês Nomura mostrou que o México poderia superar o Brasil como a maior economia da América Latina em 10 anos.

Ao longo da próxima década, o Nomura projeta crescimento médio de 2,75% a 3,25% no Brasil e de 4,25% a 4,75% no México. Se ambos os países crescerem nas extremidades inferior ou superior das estimativas do Nomura, o México superará o Brasil em 2028-29.

(Por Carolina Marcondes)

Fonte: Uol


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