Publicado por Redação em Notícias Gerais - 06/06/2012

Esperança por estímulos dita ritmo da recuperação nos mercados

Mesmo sem notícias positivas, os mercados financeiros globais vivem uma quarta-feira de recuperação. Após fortes quedas recentes, os preços baixos de ações atraem compradores, impulsionando os índices das principais bolsas no mundo. O mesmo movimento se observa no mercado de commodities, inclusive no de petróleo.

Os excessos dos últimos dias podem ajudar a explicar essa correção. Mas também existe, por trás desse movimento, a esperança de que, na quinta-feira, o presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), Ben Bernanke, acene com alguma ação efetiva para combater a crise mundial. A expectativa acabou prevalecendo sobre a decepção com o discurso de Mario Draghi, do Banco Central Europeu (BCE), que não colocou na mesa a ideia de novas injeções de liquidez no sistema.

As bolsas americanas têm forte alta e os índices de ações europeus fecharam com ganhos de mais de 2%. Acompanhando o tom externo, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) consegue ter um pregão de alta expressiva. Por volta de 14h18, o Ibovespa tinha alta de 2,47%, aos 53.777 pontos. O volume financeiro era de R$ 3,5 bilhões.

A alta dos preços das commodities no exterior ajuda na recuperação da bolsa brasileira devido ao peso dos setores ligados a matérias-primas no Ibovespa. Entre as ações mais líquidas, Vale PNA avançava 2,53%, a R$ 36,86; Petrobras PN tinha alta de 2,02%, para R$ 19,18; OGX ON ganhava 6,42%, para R$ 9,78; Itaú PN avançava 2,89%, para R$ 28,52; e PDG Realty subia 4,33%, para R$ 3,37.

Por outro lado, as ações preferenciais do Cruzeiro do Sul são destaque de baixa e despencam 40,13%, cotadas em R$ 4,55. Os papéis ficaram em leilão por três vezes até agora no pregão, com o mercado tentando encontrar um novo preço para o banco. O volume com os papéis é pífio e somava R$ 166 mil.

As ações do banco voltaram a ser negociadas hoje após dois dias de suspensão, quando o Banco Central anunciou intervenção na instituição, por meio do Regime de Administração Especial Temporária (Raet).

Entre as ações de bancos pequenos, caíam Indusval (-2,68%), Panamericano (-0,62%), BicBanco (-0,51%) e ABC Brasil (-0,49%).

Dólar

Já o dólar oscila perto da estabilidade, enquanto os investidores digerem os dados sobre o fluxo cambial de maio, que foi negativo em US$ 2,691 bilhões, pior resultado mensal desde junho de 2010, quando o resultado fora negativo em US$ 4,279 bilhões.

O número mais indigesto foi a saída financeira de US$ 6,327 bilhões, pior resultado financeiro desde novembro de 2008, auge da crise financeira, quando a saída foi de US$ 10,298 bilhões. O resultado do mês não foi ainda pior em função da conta comercial, que registrou superávit de US$ 3,636 bilhões.

Nesta tarde, o dólar comercial apontava leve alta de 0,04%, a R$ 2,018 na venda. Já na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar para julho caía 0,44%, a R$ 2,026.

Juros futuros

O resultado de maio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) trouxe alívio ao mercado de juros futuros e abriu espaço para queda nas taxas em todos os contratos de depósitos interfinanceiros (DI), inclusive nos mais longas.

O indicador oficial de inflação deu força ao movimento de correção que começou na última sessão e colocou de volta aos preços a ideia de que taxa Selic pode cair para baixo de 8% este ano. Também foi reduzida a aposta - considerada exagerada pelos profissionais - de aumento de juros em 2013.

Na BM&F, o contrato de DI para janeiro/2014 tinha taxa de 8,25%, ante 8,33% no ajuste de ontem. DI janeiro/2017 tinha taxa de 9,88%, de 10,06% ontem; e DI janeiro/2013 recuava de 7,91% para 7,87%

Fonte: Uol


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