Publicado por Redação em Dental - 06/08/2013

Flúor auxilia na prevenção contra cáries

O fluoreto (também conhecido como flúor) é um elemento da natureza de origem mineral muito importante para a saúde dos dentes e dos ossos. Presente em alimentos como arroz, soja, espinafre e frutos do mar, assim como em boa parte das fontes de água, ele tem papel fundamental na proteção dos dentes e na prevenção da perda de minerais do esmalte dentário, evitando o desenvolvimento das cáries.
 
De acordo com o dr. Paulo Frazão, cirurgião-dentista do Centro Colaborador do Ministério da Saúde em Vigilância da Saúde Bucal da USP, a cárie pode ser entendida como “um processo de desmineralização, que ocorre quando bactérias liberam substâncias ácidas que atacam o esmalte do dente”. Se a perda de mineral do dente é maior do que a reposição de mineral pela saliva, surgem as lesões de cárie: inicialmente, com o aspecto de manchas brancas e opacas; e em estágios mais avançados, sob a forma de cavidades.
 
“O flúor é capaz de reverter parcialmente esse processo, remineralizando a estrutura do dente e inibindo a formação do biofilme dental, reduzindo o risco de doenças gengivais e formando menos placas bacterianas, o que reduz o risco de ter cáries”, explicou o dr. Marco Manfredini, do Conselho Regional de Odontologia do Estado de São Paulo (CROSP).
 
Prevenção e saúde pública
 
Se a partir da década de 90 houve redução na prevalência e gravidade da cárie dentária em crianças e adolescentes, muito se deve à expansão do uso de fluoretos.
 
“A disponibilização de água e cremes dentais fluoretados para a população brasileira trouxe modificações significativas no perfil epidemiológico da cárie, uma doença muito comum na primeira infância, quando os dentes ainda estão em fase de formação”, esclareceu Paulo.
 
Por isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde e as entidades odontológicas e de saúde coletiva do Brasil têm endossado o uso do flúor na água de abastecimento público. Em todo o estado de São Paulo, nos municípios operados pela Sabesp, é adotado um valor padrão para a fluoretação da água: 0,7 miligramas para cada litro. De acordo com a entidade, isso reduz em até 65% a ocorrência de cáries na população.
 
Cuidado com o excesso
 
Como tudo que vem em excesso faz mal, vale frisar que o flúor só agrega benefícios às pessoas se administrado corretamente, em uma quantidade que não ultrapasse os níveis de concentração indicados. Segundo o guia de recomendações para o uso de fluoretos no Brasil, elaborado pelo Ministério da Saúde, a concentração de flúor adicionada às pastas de dente, usualmente em torno de 1.100 a 1.500 ppm, “tem, comprovadamente, efeito sobre a prevalência e gravidade da cárie em populações”.
 
Crianças com até cinco anos de idade, no entanto, devem ser supervisionadas pelos pais na hora da escovação para evitar a ingestão de creme dental e reduzir o risco de fluorose dentária.
 
“É incorreta a ideia de que quanto mais flúor, melhor, pois há padrões para utilização desse composto. Se durante o período da formação do dente a criança for exposta a uma quantidade excessiva de flúor, pode desenvolver fluorose. Um dos sinais característicos da fluorose é o aparecimento de pequenas manchas brancas nos dentes”.
 
Com o objetivo de reduzir os riscos de desenvolvimento de fluorose dentária em crianças em idade pré-escolar, têm sido pesquisados cremes dentais com baixa concentração de fluoretos (cerca de 500 ppm), mas ainda não há respaldo científico para afirmar a eficácia desta solução.
 
Para evitar problemas, o ideal é utilizar uma quantidade reduzida do creme dental. Colocar o creme dental no sentido transversal da escova de dente, e não no longitudinal é uma dica para que a quantidade de pasta não seja excessiva. O ideal é que a quantidade colocada não ultrapasse o tamanho de um grão de ervilha.”
 
Fonte: Jornal de Vinhedo

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