Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 01/09/2011

HC muda sistema

Utilizar o termo complexidade ao se referir ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, (HCFMUSP), não pode ser visto como um exagero. Isso porque seu ecossistema conta seis institutos especializados, dois hospitais auxiliares, uma divisão de reabilitação e um hospital associado. Cada uma dessas instituições possui seu próprio sistema de TI.

Segundo o diretor de tecnologia do HCFMUSP, Jacson Barros, o hospital tem como objetivo padronizar o sistema de tecnologia da informação utilizando soluções de mercado e abandonar o sistema in house. “Atualmente temos muitos problemas. Cada unidade prepara seu próprio plano de investimentos para a área de tecnologia. E não há plano de ação em conjunto”.

Para exemplificar o tamanho do problema, Barros conta que em todo o instituto existem seis cadastros diferentes para os pacientes. “Apesar de estarem integrados, existem diferentes tipos de formulários, causando desorganização dos procedimentos”.

Problemas como saber o número de exames realizados pela instituição também são situações presentes. “Não existe vocabulário médico. Se eu quiser saber quantos hemogramas foram feitos no hospital, será necessário ir a todos os prédios e conferir quanto foi feito por cada um”.

Segundo o diretor de tecnologia do HCFMUSP, Jacson Barros, até o ano de 2004, cada unidade possuía seu próprio sistema de TI e não havia integração entre as partes. “Em 2004, foi criado o Comitê de Tecnologia da Informação, com o objetivo de desenvolver um conceito único dentro do hospital. No entanto, demanda técnica ainda precisa de investimentos”.

Em sua participação no 3º encontro “1.2.1 Network Saúde”, realizado nesta quinta-feira, na IT Mídia, em São Paulo, Barros contou que com a implantação do CTI, a comunicação ficou mais próxima, e a instituição passou a ter data centers. Além disso, adquiriu também o sistema ERP e precisou implantar um framework.

E, no ano de 2009, decidiram que era necessário melhorar o ritmo de trabalho. “Nosso intuito era entregar o que ninguém tem”.  No entanto, o hospital se deparou com problemas como divergência na linguagem de programação. “Decidimos pegar a curva de aprendizado. E, ao invés de demitirmos a equipe, contratamos novos estagiários e capacitamos eles dentro dos frameworkers”.

Entre erros e acertos o hospital conseguiu decidir ritmo de trabalho e atualmente ele está praticamente consolidado, afirma Barros. Porém a administração do hospital viu o quanto foi custoso fazer processos simples. E se fossem procedimentos mais complexos, a situação seria mais séria.

Barros conta que atualmente a instituição passa pelo desafio de encontrar uma solução que atenda às expectativas do hospital de alta complexidade. “Estamos a procura de uma solução que otimize as demandas de TI”.

 Ciente da grandiosidade do ecossistema do hospital, o diretor de tecnologia explicou que a estratégia da instituição para realizar esse projeto é implantar o sistema por módulos. “Nossa intenção é priorizar alguns setores como farmácia, nutrição e manutenção assistencial”. O prazo para essas áreas priorizadas é fevereiro de 2012.

O palestrante encerrou sua apresentação ao dizer que se estima que o projeto tenha duração total de 36 meses. Por enquanto, a instituição está finalizando o memorial descritivo

Fonte: saudeweb.com.br


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