Publicado por Redação em Notícias Gerais - 07/03/2012

Ibovespa avança, em correção após forte queda registrada na véspera

O Ibovespa registra alta de 0,69% na manhã desta quarta-feira (7), após a abertura do pregão regular, atingindo 65.564 pontos. O principal índice da bolsa nacional recupera parte das perdas da véspera, quando um clima de pessimismo generalizado afetou os mercados e o benchmark da bolsa paulista recuou 2,76%, no seu pior pregão do ano.

Agora, segundo Miriam Tavares, diretora de câmbio da AGK Corretora, a cautela deve predominar entre os investidores. Ela afirma que o cenário de incerteza já está instaurado, e a recuperação do apetite por ativos com prêmio maior de risco só voltará plenamente quando notícias mais positivas vierem do plano de reestruturação grega.

Octavio de Barros, diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, também cita as possíveis medidas do Governo para estimular o crescimento da economia como positivas para a bolsa nesta sessão. Na véspera, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística) divulgou o PIB (Produto Interno Bruto), indicando alta de 2,7% em 2011.

Lista de credores
O IIF (Instituto de Finanças Internacional, na sigla em inglês) divulgou novos nomes que aderiram ao PSI (Private Sector Involvement). Entre eles, estão o HSBC, o Crédit Agricole e o Intesa SanPaolo, grandes financeiras do Reino Unido, da França e da Itália, respectivamente. Agora, 39,3% do total de bônus no mercado está dentro do programa.

Pela manhã, a imprensa internacional também havia veiculado a participação do Société Générale, da UniCredit e da Assicurazioni Generali. De acordo com Evangelos Venizelos, ministro de Finanças da Grécia, os bancos locais também já estão garantidos na troca de títulos.

Movimento da abertura
As altas mais relevantes após o início da sessão ficam por conta das ações ligadas ao consumo interno, entre elas a Rossi (RSID3, R$ 10,50, +2,64%), a Cyrela (CYRE3, R$ 18,70, +2,30%), a PDG (PDGR3, R$ 7,51, +2,18%), a Klabin (KLBN4, R$ 8,80, +1,85%) e a B2W (BTOW3, R$ 9,63, +1,80%).

Na ponta vendedora, aparecem Bradespar (BRAP4, R$ 34,05, -1,28%) e ambos papéis da Vale (VALE3, R$ 40,58, -1,17%; VALE5, R$ 39,67, -1,24%), que voltam a observar perdas. Redecard (RDCD3, R$ 35,70, -0,56%) e Pão de Açúcar (PCAR4, R$ 79,77, -0,47%) também registram recuo.

Agenda do dia
No front doméstico, destaque para a Pesquisa Industrial Mensal, revelada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que apresentou queda mensal de 2,1% em janeiro, na comparação com ajuste sazonal. O principal componente negativo foi a produção de automóveis, que recuou 30,7% por conta das férias coletivas no período.

Para o resto do dia, o mercado ainda fica no aguardo do Fluxo Cambial da semana, a ser comunicado pelo Banco Central, e da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) quanto à Selic. O mercado projeta um corte de 0,5 ponto percentual, para 10% ao ano, na taxa básica de juros.

Nos Estados Unidos, o ADP Employment mostrou criação de 216 mil empregos, abaixo das estimativas de 218 mil. Além disso, a produtividade do trabalhador norte-americano no quarto trimestre foi revisada, de uma alta de 0,7% para 0,9%. Até o fim do dia, o mercado fica de olho no comunicado do montante de crédito oferrecido ao consumidor do país.