Publicado por Redação em Notícias Gerais - 15/10/2012

Inflação pode levar Brasil a rever medidas de estímulo, diz FMI

A recuperação do crescimento da economia brasileira, que deve se consolidar em 2013, vai obrigar o Brasil a rever suas políticas de estímulo para frear o aumento da inflação, diz um relatório divulgado nesta sexta-feira (12) pelo FMI (Fundo Monetário Internacional).

Na revisão do relatório Regional Economic Outlook (Perspectivas Econômicas Regionais), sobre a América Latina e o Caribe, o FMI cita especialmente o Brasil, mas também outros países da região, como o Uruguai, como exemplos dessa tendência.

O Fundo projeta inflação de 5% para o Brasil neste ano e 5,1% em 2013. No mais recente boletim Focus - levantamento semanal feito pelo Banco Central do Brasil com base em consultas ao mercado -, a projeção é de 5,42% para 2012 e 5,44% em 2013.

No mês passado, a inflação oficial no Brasil, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), registrou alta de 0,57%, maior taxa desde abril e maior variação para o mês de setembro desde 2003. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a inflação já acumula alta de 3,77% neste ano.

Desaceleração forte no Brasil

O relatório também destaca a política monetária "especialmente agressiva" do Brasil, ao falar sobre as reduções na taxa básica de juros (Selic) desde agosto de 2011.

Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou a décima redução consecutiva, passando a Selic para 7,25%, menor patamar da série histórica iniciada em 1996.

"Além das incertezas globais, estas medidas respondem ao objetivo de levar a taxa de juros real a níveis comparáveis aos de outras economias emergentes", diz o FMI.

Segundo o FMI, o crescimento na região da América Latina e Caribe sofreu desaceleração desde abril, quando foi divulgado o último relatório.

"A desaceleração foi mais pronunciada no Brasil, a maior economia da região", diz o documento. "Onde as incertezas globais e a aplicação de políticas mais restritivas tiveram impacto maior que o previsto, sobretudo nos investimentos privados."

O FMI projeta crescimento de 1,5% para o Brasil neste ano - queda de 1 ponto em relação ao relatório de abril e em linha com a projeção do mercado, de 1,57% - e 4% em 2013.

De acordo com o FMI, a aceleração do crescimento brasileiro em 2013 será apoiada pelas "importantes medidas de estímulo implementadas recentemente".

Para a região, a previsão é de 3,2% para este ano - 0,6 ponto percentual menor que a previsão de abril - e 3,9% em 2013.

Fonte: Uol


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Dólares continuam ingressando no Brasil no início de maio

O ingresso de dólares no país superou a retirada de moeda estrangeira em US$ 859 milhões na parcial de maio, até o dia 10 deste mês, informou nesta quarta-feira (15) o Banco Central.

Notícias Gerais, por Redação

Déficit do orçamento do governo norte-americano em fevereiro é de US$ 231,7 bi

O orçamento do governo norte-americano registrou déficit de US$ 231,7 bilhões em fevereiro, de acordo com o comunicado do Tesouro dos Estados Unidos divulgado nesta segunda-feira (12). Este é o 41º mês consecutivo de saldo negativo do Treasury Budget.

Notícias Gerais, por Redação

Sem vaga, HC manda para casa mulher com 26 quilos em SP

Sofrendo há 11 anos de anorexia nervosa e bulimia, Maria Cleneilda Fernandes de Oliveira, 27, não conseguiu ser internada no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP, onde ela se trata desde novembro de 2007. As dez vagas do serviço especializado em transtornos alimentares já estavam cheias na terça-feira (27).

Deixe seu Comentário:

=