Publicado por Redação em Notícias Gerais - 17/12/2014

Itaú coloca à venda mais operações de seguros


Decidido a se concentrar em operações mais relacionadas ao negócio bancário, o Itaú Unibanco colocou à venda algumas áreas de seguros. Recentemente, o banco já vendeu a operação de seguros de grandes riscos e encerrou a parceria que tinha com a Via Varejo em seguro garantia. "Estamos vendendo algumas áreas de seguros, como vendemos o negócio de [seguros de] grandes riscos", disse Roberto Setubal, presidente do Itaú, durante apresentação a investidores em São Paulo ontem.

Em julho, o banco vendeu essa operação para a Ace Seguros por R$ 1,5 bilhão. "Já tiramos do nosso negócio uma parte relevante que dava muito trabalho, muito risco e pouco resultado", afirmou. Questionado sobre quais negócios estariam à venda, Setubal disse que não se pronunciaria. No entanto, o executivo afirmou que as operações de garantia estendida (conhecida como Garantec), saúde, a participação no Instituto Brasileiro de Resseguros (IRB) e a carteira de DPVAT (seguro obrigatório para acidentes de trânsito) não são estratégicas para o banco.

Entre essas operações, uma das mais relevantes é a Garantec, que tem faturamento de R$ 1,5 bilhão por ano e mais de 50% do mercado de garantia estendida. Seus principais concorrentes são a LuizaSeg (parceria entre o Magazine Luiza e a Cardif), Atlântica Seguros, Zurich, Assurant e Virginia Surety. Essas operações não estratégicas deram ao Itaú um lucro líquido recorrente de R$ 100 milhões de janeiro a setembro de 2014, enquanto os demais negócios de seguro geraram R$ 2 bilhões.

Entre as operações estratégicas estão a de seguros de vida, de cartão de crédito, prestamista, habitacional, automóvel e residencial, previdência e títulos de capitalização. Apesar da decisão de vender algumas operações, Setubal diz que o objetivo do Itaú é crescer no segmento de seguros, mas em áreas de baixo risco.

De uma forma geral, o banco quer elevar as receitas com áreas fora do crédito por avaliar que são mais estáveis nos diversos ciclos econômicos. "O banco tem mais resultado no não crédito do que no crédito", disse. De um lucro acumulado no ano até setembro de R$ 15 bilhões, um total de R$ 5,3 bilhões vem das operações de crédito, enquanto que R$ 9 bilhões são originados em atividades não relacionadas a empréstimos.

Além disso, operações de crédito consomem mais capital do banco. "A atividade não crédito é importante porque permite que o nosso retorno seja mais elevado", disse. Setubal afirmou que o banco quer um retorno mínimo sobre o capital de 16% para cada área de negócios. Hoje, o crédito dá um retorno inferior a isso, de 14%. O objetivo é alcançar 16% no próximo ano. Já as outras áreas dão um retorno de 43,9%.

O Itaú prevê que a inadimplência do banco continuará a cair nos próximos trimestres. O indicador de atrasos de 90 dias fechou setembro em 3,2%. Segundo Setubal, a própria mudança do mix da carteira, que passou a privilegiar modalidades de crédito mais seguras, vai ajudar nesse movimento. O crédito consignado, por exemplo, representa hoje 32% da carteira. Mas, seguindo o atual ritmo de desembolsos, chegará a 42%. "Continuaremos com índices melhores do que os concorrentes", disse Setubal.

Entre os pontos que podem atrapalhar essa projeção, disse o executivo, estão o desemprego e o desempenho da economia. Em relação ao efeito que os créditos concedidos a empresas ligadas à Operação Lava-Jato podem ter no balanço do banco, Setubal diz que essa operações preocupam, mas não "excessivamente". Segundo ele, apesar de o banco ter crédito com empresas envolvidas na crise com a Petrobras, a "grande maioria" delas está em situação confortável. "São empresas sólidas que caminharão bem", afirmou.

Fonte: www.aserc.org.br


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