Publicado por Redação em Dental - 31/10/2014

Já emprestou escova de dente? Veja o risco que passou

Com o convívio diário, acaba sendo inevitável que casais, amigos ou pais e filhos dividam algumas peças de roupas, objetos ou até mesmo itens de higiene pessoal. Embora muitas vezes seja uma atitude de carinho ou conveniência, essa prática pode trazer problemas para a saúde de todos os envolvidos.  E não é diferente com o uso da escova de dente.  

Como já diz o nome, a escova de dente é um item de higiene pessoal, portanto não deveria ser usado por outras pessoas, seja quem for. A escova tem a função de remover a placa bacteriana da boca e, portanto, mesmo com o enxágue, alguns microrganismos vão permanecer nas suas cerdas. “Ao emprestar sua escova para outra pessoa, estará acontecendo o que chamamos de infecção cruzada, ou seja, você estará passando suas bactérias adiante e recebendo outras de volta”, diz Breno Nantes, cirurgião-dentista formado pela USP.

Porém, Breno garante que, embora deva ser evitado, esse hábito entre adultos não traz problemas muitos sérios. “Quanto mais pudermos evitar esse empréstimo da escova, melhor para nossa saúde bucal. Mas essa infecção cruzada também acontece de várias outras formas sem grandes danos a saúde bucal. Por exemplo, durante um beijo na boca ou ao dividirmos alimentos ou talheres com outras pessoas”, diz.   

Saliva dos pais x crianças
Porém, quando essa divisão da escova de dente é feita entre pais e filhos, existe um risco maior para a criança. “Os tipos de bactérias que existem na boca dos adultos são diferentes dos da criança, e esse uso compartilhado de escova pode favorecer um contato antecipado com bactérias que não são da microbiota (conjunto de microorganismo) normal da criança”, diz Cássio Fornazari Alencar, odontopediatra.

Caso essa troca seja inevitável, existem alguns cuidados que devem ser tomados para evitar a infecção cruzada. “Embora não seja 100% eficaz, vale usar soluções antissépticas para limpar a escova ou lavá-las bem em água corrente e, se possível, quente para evitar possíveis contaminações”, diz Breno.

Porém, para Cássio, no caso das crianças, a possibilidade de uma contaminação não vale o risco. “Hoje sabemos que a desorganização da placa bacteriana já é suficiente para que não ocorra a cárie, então em uma falta de escova momentânea, deve-se utilizar uma gaze ou uma fralda com a pasta para esfregar os dentes da criança”, diz o especialista.

Fonte: Terra


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