Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 01/12/2015

País tem 60 dias para destruir focos de mosquito e evitar explosão de zika

Zika Virus transmitido pelo Aedes Aegyptd

As autoridades sanitárias brasileiras estão em uma corrida contra o tempo para evitar que a infestação do mosquito Aedes aegypti se torne um problema ainda mais grave a partir de fevereiro de 2016. A preocupação é por conta dos mapas epidemiológicos, que apontam que mais de 60% dos casos de dengue, doença transmitida pelo mesmo mosquito, são registrados entre fevereiro e abril.

Em 2015, o país registrou 1.534.932 casos de dengue, febre chikungunya e zika. "Precisamos fazer esse combate de imediato, agora e pelo mês de janeiro, destruindo os ovos e as larvas. Isso para, na época de aumentar a população do mosquito, não ter larva para ele se proliferar", disse o ministro da Saúde, Marcelo Castro. "Temos dois meses para destruir os criadouros."

Para esse combate, uma força-tarefa com apoio de Exército e diversas campanhas publicitárias vai atuar nos próximos 60 dias no Nordeste, onde mais de 1.100 casos de microcefalia foram registrados nos últimos meses, quase todos provavelmente com relação direta com o zika vírus.

Exército e mobilização popular

Com o decreto de situação de emergência feito pelo Ministério da Saúde, os soldados do exército poderão entrar em qualquer local com indícios de foco. "O Exército vai apoiar nessa entrada a locais fechados que possam ser foco de proliferação. Isso já foi pensado e definido, com apoio das polícias Federal e Militar e dos Bombeiros", afirmou Gilberto Occhi, ministro da Integração Nacional.

Reunidos com prefeitos, os ministros enfatizaram a importância da participação popular no combate contra o mosquito. "Agentes de endemias, prefeitos, professores, lideranças comunitárias, igrejas: todos têm de se envolver. Só seremos vitoriosos com uma mobilização nacional", disse o ministro da Saúde.

Castro informou que está sendo desenvolvido um aplicativo para celulares que facilitar a denúncia de focos de mosquito.

Microcefalia e zika

Nesta segunda (30), o ministério da Saúde confirmou que existe relação entre a transmissão do zika vírus e o surto de microcefalia. "A confirmação do vírus em uma criança com má-formação confirmou a tese da relação entre zika e a microcefalia", disse Claudio Maierovitch, diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde.

Depois do aumento de investigação e divulgação de dados relativos ao zika, pesquisadores afirmaram ainda que a forma de contágio do vírus não se daria somente pelo mosquito, podendo ser transmitido por meio de relação sexual, transfusão de sangue e transplante de órgãos, segundo o Instituto Evandro Chagas (IEC) de Belém.

Fonte: Uol Notícias


Posts relacionados

Saúde Empresarial, por Redação

eHealth e mHealth: a medicina em um país que envelhece

Para Nimrod Riftin, CEO da eWave Medical do Brasil, grande vantagem da tecnologia é a redução de custos assistenciais e de infraestrutura

Saúde Empresarial, por Redação

ANS determina portabilidade especial de 4 planos de saúde

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinou a portabilidade especial de carências para os clientes das operadoras All Saúde

Saúde Empresarial, por Redação

Identificado gene anormal ligado ao desenvolvimento do Parkinson

Uma equipe internacional de cientistas que inclui a Universidade de Saskatchewan, no Canadá, identificou um gene anormal que leva ao desenvolvimento da doença de Parkinson.

Saúde Empresarial, por Redação

Vírus respiratórios, um perigo que está no ar, mesmo no verão

Calor, muito sol, praias lotadas, multidões nas ruas e vírus respiratórios. Normalmente associados às estações mais frias, em que as pessoas ficam confinadas em ambientes fechados, os vírus de gripe e resfriado no Rio viram no verão carioca um período ideal para se espalharem.

Saúde Empresarial, por Redação

Genéricos vão chegar ao mercado em menos tempo

Está aberta a Consulta Pública nº 10 da Anvisa para definir novas regras para os medicamentos de referência. A principal novidade da proposta é a obrigatoriedade de que os fabricantes destes medicamentos forneçam os produtos para aquisição.

Deixe seu Comentário:

=